Theresa May pressionada para obter acordo na fronteira irlandesa

O Reino Unido enfrenta nova encruzilhada no Brexit, depois de mais uma ronda de negociações sem sucesso com a Comissão Europeia, em Bruxelas.
Apesar da primeira-ministra britânica, Theresa May, e do presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, recusarem falar em fracasso, o acordo voltou a falhar devido à gestão da fronteira irlandesa, um dos pontos mais sensíveis do processo.
Na origem deste impasse esteve o Partido Democrático Unionista da Irlanda do Norte, que com os seus 10 deputados revela-se imprescindível para a maioria de Theresa May no parlamento britânico, depois de esta ter perdido a maioria na Câmara nas eleições do passado mês de junho.
Os unionistas irlandeses, liderados por Arlene Foster, recusaram a proposta de um estatuto de exceção para a Irlanda do Norte, que, na sua essência, iria manter um alinhamento regulatório com as normas comunitárias.
Após 2019, a linha entre as duas Irlandas será a única fronteira terrestre entre o Reino Unido e a União Europeia. O governo de Dublin, liderado por Leo Varadkai, exige uma fronteira aberta e sem o regresso de controlos alfandegários, mas Belfast não admite qualquer separação ou divergência em relação ao Reino Unido.
Theresa May deve agora voltar às conversações com o seu parceiro político norte-irlandês numa corrida contra o tempo para obter um entendimento antes da próxima cimeira dos 27 estados-membros, no próximo dia 15.