Chefes da diplomacia mundiais manifestam-se contra anunciada decisão do presidente norte-americano de reconhecer Jerusalém como capital de Israel
A anunciada decisão de reconhecer Jerusalém como capital de Israel e transferir para a cidade a embaixada dos Estados Unidos no país provocou ondas de choque por esse mundo fora, mas Donald Trump nunca foi conhecido por deixar as reações externas influenciarem as suas tomadas de decisão.
Para Mevlüt Çavuşoğlu, ministro dos Negócios Estrangeiros turco, a medida norte-americana"será um grave erro que não trará nenhuma estabilidade e irá mergulhar a região no caos"
Uma opinião partilhada por Boris Johnson, que não escondeu a sua preferência pela via diplomática para resolver o conflito na região:
"Jerusalém deve ser incluído no acordo final entre israelitas e palestinianos. Um acordo devidamente negociado que queremos que aconteça. Não temos qualquer intenção de deslocar a nossa embaixada."
Já o Papa Francisco pediu respeito pela cidade, que é considerada sagrada por judeus, cristãos e muçulmanos:
"Faço um apelo a que seja respeitado o status quo da cidade e rezo para que a sabedoria e a prudência possam prevalecer para evitar novos elementos de tensão num cenário mundial já bastante volátil."
As vozes de alerta multiplicam-se mas a decisão de Trump parece tomada.