Pelo menos dois mortos e dezenas de feridos em confrontos entre palestinianos e forças israelitas

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De  Antonio Oliveira E Silva com REUTERS e LUSA
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Os protestos contra a decisão do presidente Trump de reconhecer Jerusalém unificada como capital de Israel entram na segunda semana.

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As tropas israelitas feriram mais de 40 palestinianos nos Territórios Ocupados de Gaza e Cisjordânia. A informação foi avançada esta sexta-feira à agência Reuters pelos serviços de emergência médica no terreno.

Foi mais um dia de protestos nos territórios palestinianos, cerca de duas semanas depois do anúncio, da parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, do reconhecimento da cidade de Jerusalém unificada como capital de Israel.

Na cidade de Ramallah, na Cisjordânia, as forças israelitas terão morto um manifestante, quando este ameaçava elementos do exército.

Um fotógrafo da Reuters confirmou que o manifestante tinha consigo uma pequena arma branca e o que parecia ser um cinto de explosivos.

Confrontos na fronteira com a Faixa de Gaza

Dezenas de palestinianos foram também feridos pelo exército israelita na fronteira que separa a Faixa de Gaza do território internacionalmente reconhecido como parte do Estado de Israel.

O movimento islamista Hamas controla o poder na Faixa de Gaza e apelou a uma revolta contra Israel, depois de conhecida a decisão do presidente Trump.

De acordo com as autoridades israelitas, os manifestantes queimaram pneus e lançaram engenhos contra soldados do exército do Estado hebreu e funcionários da fronteira.

De acordo com Telavive, na Cisjordânia, participaram nas manifestações cerca ce 2500 pessoas, enquanto 3500 marcaram presença na Faixa de Gaza.

A recente decisão do presidente dos EUA causou indignação no Médio Oriente e em todo o mundo muçulmano, de Marrocos à Indonésia.

A posição de Trump preocupa também os tradicionais aliados dos Estados Unidos no Ocidente, como é o caso da União Europeia.

Israel invadiu e anexou a parte leste da cidade de Jerusalém durante a chamada Guerra dos Seis Dias, em 1967, tendo declarado Jerusalém "unificada" como a "eterna capital do Estado de Israel."

A anexação de Jerusalém-leste, da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, assim como dos Montes Golan, nunca foi reconhecida pela Comunidade Internacional.

A Autoridade Palestiniana deseja que Jerusalém-Leste seja a capital de um futuro Estado palestiniano, que deverá existirá lado-a-lado com o Estado de Israel.

Mahmoud Abbas, líder da Autoridade Palestiniana, disse que a decisão do presidente dos EUA elimina Washington do papel de mediador do processo de paz entre palestinianos e israelitas.

Organização da Cooperação Islâmica contra decisão de Trump

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou que a OIC vai pedir à ONU a anulação da decisão dos Estados Unidos.

A iniciativa será apresentada primeiro no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O anúncio surge depois de um encontro de urgência de quarta-feira da OIC, que declarou Jerusalém Oriental como a capital da Palestina ocupada e instou o mundo a reconhecer o Estado da Palestina.

A Turquia tem sido uma das vozes mais críticas da decisão do Presidente Trump.

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