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Michel Temer não quer perder controlo da Embraer para a Boeing

Michel Temer não quer perder controlo da Embraer para a Boeing
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De Euronews
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O presidente brasileiro dá as boas-vindas a uma parceria com o gigante norte-americano, mas está disposto a fazer valer a 'golden share' do estado.

O Presidente da República do Brasil, Michel Temer, descartou esta sexta-feira perder o controlo da companhia aeronáutica brasileira Embraer para a norte-americana Boeing.

Em declarações aos jornalistas no Palácio da Alvorada, Temer mostrou-se disponível para o estabelecimento de parcerias, mas sem abdicar de usar a 'golden share', a ação preferencial que lhe permite vetar propostas que considere que vão contra o interesse estratégico para a empresa.

"Não há menor cogitação de transferir o controlo [da Embraer] para outra empresa. Aliás, lembro que a golden share se deu exatamente no momento da privatização, para garantir ao governo federal esse controlo", afirmou.

O líder do Executivo brasileiro vincou também que "oficialmente" não chegaram ainda ao governo quaisquer negociações entre as duas companhias. No entanto, Boeing e Embraer emitiram na quinta-feira um comunicado conjunto com vista a "uma potencial combinação dos seus negócios".

A própria nota emitida reconheceu o peso do governo brasileiro neste processo: "Qualquer transação estará sujeita à aprovação do Governo Brasileiro e dos órgãos reguladores, dos conselhos de administração das duas companhias e dos acionistas da Embraer".

A possível tomada de uma posição maioritária da Boeing na Embraer não é, de todo, do agrado do governo brasileiro, pois o ministro da Defesa, Raul Jungmann, reiterou a importância estratégica da fabricante brasileira.

"A venda e transferência do seu controlo acionista não servem os interesses e a soberania nacionais", referiu.

Com um valor de mercado a rondar os 3,7 mil milhões de dólares, a Embraer é vista pela Boeing como uma resposta à rival Airbus e a sua recente associação com os canadianos da Bombardier. Os rumores da operação tiveram um impacto imediato nos mercados, com a cotação da empresa brasileira a valorizar 25,5% num só dia.

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