Apoiantes e opositores do antigo presidente peruano envolveram-se em confrontos à porta da clínica onde este se encontra internado.
Apoiantes e críticos do antigo presidente peruano, Alberto Fujimori, envolveram-se em confrontos na madrugada de natal, na capital, Lima.
As tensões começaram depois de conhecida a decisão do presidente Pedro Pablo Kuczynski de conceder um indulto a Fujimori, justificando as medidas "por razões humanitárias."
A polícia separou os manifestantes à porta da Clínica Peruano-Japonesa, onde se encontra internado o antigo presidente.
Indulto conhecido no domingo
Pedro Pablo Kuczynski, anunciou no domingo que concedeu perdão humanitário ao antigo chefe de Estado, Alberto Fujimori, condenado a uma pena de 25 anos de prisão por abuso de direitos humanos e corrupção.
Alberto Fujimori, de 79 anos, já havia pedido o perdão em meados deste mês devido ao seu estado de saúde debilitado.
Segundo o comunicado agora emitido pela Presidência do Peru, uma junta médica avaliou a situação e verificou que Alberto Fujimori sofre de “uma doença progressiva, degenerativa e incurável”.
No sábado, Alberto Fujimori foi transferido da prisão, onde cumpre uma pena de 25 anos de cadeia, para uma clínica da capital, Lima, devido a tensão arterial baixa e arritmia, anunciou o seu médico.
Na prisão por violações dos Direitos Humanos
Presidente do Peru de 1990 a 2000, Alberto Fujimori cumpre desde 2007 uma pena de 25 anos de prisão por corrupção e crimes contra a humanidade.
Os filhos de Alberto Fujimori apresentaram um pedido de indulto por razões humanitárias, que foi rejeitado por o seu estado de saúde não ser grave.
Logo após a eleição de Pedro Pablo Kuczynski submeteram outro pedido nesse sentido que acabou por ser retirado após a recusa do atual chefe de Estado em avaliar essa opção.
Durante a transferência de ambulância, da prisão para a clínica particular em Lima, Alberto Fujimori foi acompanhado pelo seu filho mais novo, o deputado Kenji Fujimori, que disputa a herança política do pai com a sua irmã Keiko.