Política e conflitos dominam notícias em 2017

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A euronews oferece-lhe um resumo das notícias que, em 2017, fizeram as manchetes, em todo o mundo.

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A euronews oferece-lhe um resumo das notícias que, em 2017, fizeram as manchetes, em todo o mundo.

O Êxodo dos Rohingyas

A 25 de agosto, o exército birmanês lançou uma campanha repressiva no estado de Rakhine, no Myanmar, em resposta a um ataque dos insurgentes Rhohingya, uma minoria muçulmana. Seguiu-se um êxodo sem precedentes.

Mais de 620 000 Rohingya fugiram para o vizinho Bangladesh, onde ficam circunscritos a campos improvisados.

#Rohingya refugees have been fleeing violence in #Myanmar at a staggering rate – and the numbers keep growing. Imagine the scale of the world's fastest growing humanitarian crisis & take a look at the Kutupalong Camp in #BangladeshRefugees</a>. ?️ <a href="https://t.co/jWabMuI63S">https://t.co/jWabMuI63S</a> <a href="https://t.co/syKXwXsMII">pic.twitter.com/syKXwXsMII</a></p>&mdash; UN Geneva (UNGeneva) December 15, 2017

Até 19 de setembro, Aung San Suu Kyi permanece em silêncio. No primeiro discurso à nação, a líder birmanesa condenou as violações dos Direitos Humanos em Rakhine, assegurou que não teme o escrutínio internacional e que está empenhada em encontrar uma solução duradoura para o conflito.

No mesmo dia, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, o secretário-geral, António Guterres, pede ações.

Num campo de refugiados no Bangladesh, a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini oferece o apoio da União Europeia para implementar o plano de Kofi Annan.

No dia 23 de novembro, Suu Kyi reúne-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Bangladesh, Abul Hassan Mahmud Ali. Os dois países assinam um acordo para permitir o repatriamento dos refugiados Rohingya, sem mais detalhes.

Cinco dias depois, o Papa Francisco visita o Myanmar. O Sumo Pontífice evita usar a palavra Rohingya, mas exige o respeito por todos os grupos étnicos.

É apenas no Bangladesh que Francisco fala abertamente. Perante um grupo de refugiados afirma: “A presença de Deus é, hoje, também chamada de Rohingya”.

Donald Trump e a imigração

Assim que assumiu a presidência, no dia 27 de janeiro, Donald Trump assinou um decreto para restringir a entrada nos Estados Unidos da América de cidadãos de sete países de maioria muçulmana. Uma prerrogativa eleitoral para evitar, segundo Trump, que “terroristas radicais” entrem no país.

No dia seguinte, começa um movimento de protesto que se estende a todo o território, nos aeroportos e nas ruas, mas também nos tribunais.

O decreto é suspenso por um juiz federal de Seattle, a 3 de fevereiro, outros se seguirão, por consideram que o decreto discrimina pessoas de acordo com religião violando a Constituição. Após uma longa batalha legal, um terceiro decreto de migração entrou em vigor em outubro, e inclui cidadãos da Coreia do Norte, Venezuela, entre outros.

Donald Trump emitiu, também, uma ordem executiva para criar um muro na fronteira com o México. O Congresso veta o orçamento para construí-lo.

A 8 de dezembro, Trump reiterou que: “Se não houver um muro, haverá muitas pessoas infelizes” onde se inclui.”

O presidente provocou, ainda, o pânico entre os “Sonhadores”. 800 mil jovens, dos quais 78% são de origem mexicana, que que chegaram aos Estados Unidos, ilegalmente, com os pais. Barack Obama impediu a deportação, com o programa DACA, que Trump revogou.

President Trump has begun derisively using the term “chain migration” to describe the system that allows U.S. citizens to sponsor relatives to come to the U.S., and then allows those immigrants to become citizens and sponsor other relatives https://t.co/lWCXDgxjAL

— The Wall Street Journal (@WSJ) December 13, 2017

Kim Jong Un desafia o mundo

No dia 12 de fevereiro, a Coreia do Norte lança um míssil balístico capaz de transportar uma bomba atómica. Kim Jong Un desafia, assim, as resoluções da ONU.

Donald Trump, avisa: “A Coreia do Norte é um grande, grande problema e vamos lidar com isso com muita força”.

A 28 de abril, o porta-aviões USS Carl Vinson, com 60 bombardeiros de combate, troca o destino, Austrália, e ruma à Coreia do Sul.

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No dia 4 de julho, o Dia da Independência dos Estados Unidos, Pyongyang, testa um míssil intercontinental.

Um mês depois, o Conselho de Segurança das Nações Unidas vota novas sanções económicas contra a Coreia do Norte.

Washington pressiona Pequim.

What happens to China's economy if a conflict breaks out between the U.S. and North Korea: https://t.co/bm2blJspLGpic.twitter.com/nndeEcvU57

— Forbes (@Forbes) December 14, 2017

Pyongyang mantém a encenação, perante a população e ameaça lançar mísseis contra Guam, o território insular dos Estados Unidos.

A 29 de agosto, Kim Jong Un é fotografado a assistir ao lançamento de um míssil de médio alcance que voa sobrevoa a ilha japonesa de Hokkaido, antes de cair no Oceano Pacífico.

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No dia 3 de setembro ocorre o sexto teste nuclear norte-coreano, desta vez, uma bomba H quase dez vezes mais poderosa do que no teste anterior.

Na ONU, no dia 19 de setembro, Donald Trump, diz-se pronto para “destruir totalmente a Coreia do Norte” e apelida Kim Jong de “Rocket man em missão suicida”.

EUA reconhecem Jerusalém como a capital de Israel

A 6 de dezembro, o presidente dos Estados Unidos afirma: “É hora de reconhecer oficialmente Jerusalém como a capital de Israel”, marcando uma rutura com os antecessores. Trump ordena a transferência da embaixada norte-americana de Telavive para Jerusalém.

A iniciativa dos Estados Unidos desencadeia, de imediato, uma onda de reprovação por todo o mundo, com exceção de Israel, cujo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu saúda o “dia histórico”.

O presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, diz que os norte-americanos estão “a minar, deliberadamente, todos os esforços de paz”, abandonando o seu papel histórico de “patrocinador do processo de paz”.

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O movimento islâmico palestiniano Hamas acredita que o anúncio abriu “os portões do inferno” para os interesses norte-americanos na região. O líder político Ismail Haniyeh pede uma nova intifada.

A 8 de dezembro, os palestinianos são chamados para um “dia de raiva” em Jerusalém, na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza. Os confrontos provocam dois mortos e dezenas de feridos.

Nazareth mayor cancels Christmas celebration over Trump's Jerusalem decision https://t.co/WfkhUlNWjEpic.twitter.com/Bu9C9jQxAf

— The Hill (@thehill) December 15, 2017

Nas Nações Unidas, os embaixadores de França, Reino Unido, Itália, Suécia e Alemanha afirmam que a decisão “não está de acordo com as resoluções do Conselho de Segurança”. A embaixadora dos Estados Unidos, Nikki Haley, reitera que Trump “não tomou posição sobre limites ou fronteiras”.

A derrota do Daesh

No dia 10 de julho, as tropas iraquianas celebraram a vitória nas margens do rio Tigre. Mossul, a segunda cidade do Iraque, foi libertada três anos depois de ter sido tomada pelo grupo Estado Islâmico, que proclamou o seu “califado” em 2014.

A batalha de Mossul durou mais de oito meses. Foi nesta cidade histórica que ocorreram os piores combates, provocando fortes baixas nas tropas iraquianas.

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Segundo as estimativas da ONU, cerca de 100 mil civis foram utilizados como escudos humanos pelo Daesh.

Em Raqqa, na Síria, é no dia 17 de outubro que as milícias das Forças Democráticas Sírias, de maioria curda, comemoram a vitória sobre os jihadistas.

More than 400 #US Marines and their artillery are leaving #Syria after helping to capture the city of Raqqa from #Daesh. https://t.co/g9VAdWPRYK

— Middle East Monitor (@MiddleEastMnt) December 1, 2017

Desde 2014, a cidade à beira do rio Eufrates assumia-se como o epicentro do regime de terror do Daesh.

Depois de quatro meses de intensos combates, Raqqa é uma cidade devastada, deserta, mas ainda com pequenas bolsas de combatentes jihadistas.

Nicolás Maduro reforça controlo na Venezuela

No dia 30 de março, o Supremo Tribunal da Venezuela, controlado pelo presidente Nicolás Maduro, assumiu os poderes do Parlamento, dominado pela oposição, com pretexto de desobediência.

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O presidente da Assembleia Nacional, Julio Borges, desafia a ordem dos juízes. Os seus partidários denunciam um golpe de Estado.

A 3 de maio, Nicolás Maduro assina o decreto que convoca eleições para uma Assembleia Constituinte.

RT PrensaFANB</a>: CJ <a href="https://twitter.com/NicolasMaduro?ref_src=twsrc%5Etfw">NicolasMaduro: Bendito o dia em que veio a ideia da proposta da Assembléia Nacional Constituinte, consolidámos o triunfo e o sucesso total para a Venezuela. 305 prefeituras #EleccionesMunicipales2017. Vitória popular. pic.twitter.com/TRof6wAl36

— Nicolás Maduro (@maduro_pt) December 12, 2017

No mesmo dia, o jovem violinista Armando Cañizales junta-se à longa lista de mortos nos protestos, cada vez mais massivos, contra o presidente e o seu regime. No meio da violência e cargas policiais há quem continue a protestar através da música como Wuilly Arteaga, que se torna num símbolo de resistência.

As eleições para a Constituinte ocorrem no dia 30 de julho. A participação oficial de 41,53% é contestada pela oposição, que não reconhece o escrutínio.

A 5 de agosto, os 545 membros da nova assembleia emitem sua primeira decisão: demitir a procuradora-geral, Luisa Ortega, que se recusou a reconhecer o despacho de dissolução do Parlamento.

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No exílio, a 16 de novembro, denuncia Maduro perante o Tribunal Penal Internacional por crimes contra a humanidade.

No dia 13 de dezembro, o Parlamento Europeu atribui o Prémio Sakharov à oposição venezuelana, que o dedica aos 157 venezuelanos que morreram, este ano, nos protestos contra o regime de Nicolás Maduro.

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