Rebeldes rejeitam conferência de paz em Sochi

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De  Antonio Oliveira E Silva  com Reuters e TASS
Rebeldes sírios sentados junto a uma fogueira na região de Dael
Rebeldes sírios sentados junto a uma fogueira na região de Dael   -  Direitos de autor  REUTERS/Alaa Al-Faqir

Vários grupos rebeldes sírios anunciaram que rejeitam participar na Conferência para a Paz de Sochi organizada pela Rússia e agendada para dia 29 de janeiro do próximo ano.

Defendem que Moscovo apenas tenta ofuscar as conversações de paz organizadas pelas Nações Unidas em Genebra e acusam as as forças militares da Federação Russa de responsabilidade em crimes de guerra no teatro de operações.

Alguns dos grupos referidos no comunicado integraram as primeiras conversações de paz da ONU na cidade Suíça.

Cerca de 40 grupos rebeldes subscreveram um comunicado em que afirmam que a Rússia nunca fez qualquer tipo de pressão sobre Bashar al-Assad para que Damasco aceitasse um acordo político.

"A Rússia não deu um passo para aliviar o sofrimento dos sírios e não pressionou o regime do qual é o garante para que criasse um caminho que levasse a uma solução", pode ler-se no comunicado.

A presença militar russa no conflito sírio deu-se, pela primeira vez, em 2015, com operações destinadas a ajudar o exército sírio do presidente Bashar al-Assad.

Moscovo sempre defendeu que as operações se destinavam a combater a presença dos jiadistas do autoproclamado Estado Islâmico ou Daesh (sigla em árabe). 

No entanto, vários grupos rebeldes, assim como populações de diferentes localidades sírias deram conta de bombardeamentos em zonas afastadas da linha de combate.

Esta segunda-feira, o ministro russo da Defesa anunciou que a Federação deu início a operações para o estabelecimento de uma presença permanente nas suas duas bases aéreas em território sírio.

Editor de vídeo • Antonio Oliveira E Silva