Comité Internacional da Cruz Vermelha anuncia início de uma operação de resgate humanitário, negociada entre os rebeldes e o governo sírio. No total, 29 pessoas com necessidade de assistência médica urgente vão ser levadas para hospitais em Damasco
As ambulâncias do Crescente Vermelho Sírio e a equipa do Comité Internacional da Cruz Vermelha retiraram as primeiras quatro pessoas com necessidade de assistência médica urgente de Ghouta Oriental para hospitais em Damasco.
Ghouta Oriental é um bastião rebelde junto à capital síria e a operação humanitária negociada com o governo de Bashar al-Assad prevê o resgate de 29 pessoas.
As Nações Unidas (ONU) tinham lançado um apelo para a retirada de 500 pacientes, incluindo várias crianças com cancro.
Pelas contas da ONU durante as negociações, que demoraram meses, pelo menos 16 pessoas morreram. A estimativa foi avançada aos jornalistas quinta-feira, em Genebra, pelo chefe do grupo de trabalho humanitário da ONU para a Síria, Jan Egeland. Entre os 16 mortos estava um bebé de nove meses por desnutrição.
Segundo o Comité Internacional da Cruz Vermelha em Ghouta Oriental há cerca de 400 mil pessoas cercadas pelas tropas sírias desde 2013.
O último bastião da rebelião, Ghouta é uma das quatro "zonas de distensão", definidas em maio pela Rússia e Irão, aliados do regime, e a Turquia, apoiante dos rebeldes.
O objetivo era tentar alcançar uma trégua duradoura na Síria, devastada por uma guerra destruidora desde 2011, que matou mais de 340.000 pessoas.