Governo grego recorre de asilo mas rejeita extradição de oficial turco

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Este incidente diplomático está a alimentar as tensões históricas entre Grécia e Turquia.

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O governo grego formalizou hoje o recurso para o tribunal administrativo do asilo concedido a um dos oito oficiais turcos envolvidos na alegada tentativa de golpe de estado na Turquia, em 2016, e que fugiram então para a Grécia.

O pedido foi aceite no dia 29 de dezembro pelo Comité de Pedidos de Asilo, uma entidade independente composta por dois juízes e um professor de Direito, e sucede à anterior recusa do Supremo Tribunal grego em extraditar os oficiais, sob o argumento de que estes dificilmente teriam direito a um julgamento justo em solo turco.

A decisão do executivo helénico surgiu como consequência da libertação de Süleyman Özkayakçı da esquadra da polícia na qual estava detido a aguardar uma resposta ao seu requerimento.

Porém, o ministro de Estado e porta-voz do governo, Dimitris Tzanakopoulos,  assegurou que o recurso da decisão não altera a posição oficial de recusa de extradição para a Turquia. "O pedido de extradição dos oito oficiais turcos para a Turquia está concluído, depois da decisão do Supremo Tribunal, que proibiu a sua extradição face ao requerimento do governo turco. Não está programada e não foi permitida a extradição desses oito oficiais, independentemente do que possa acontecer com os seus pedidos de asilo", declarou, em entrevista ao canal ERT.

A rejeição da extradição voltou entretanto a ser criticada pelo governo turco. Desta vez, a voz das críticas foi a do vice-primeiro-ministro, Hakan Çavusoglu, que através do Twitter deixou um alerta ao país vizinho.

"Estamos obrigados a alertar amigavelmente a Grécia, mas a concessão de asilo não é amigável. O terrorista que libertaram é dinamite pronta a explodir e quando isso acontecer poderá não haver nenhum país para proteger", escreveu o político turco.

Este caso diplomático é mais um dos motivos da tensão histórica entre os vizinhos Grécia e Turquia, que já estiveram à beira da guerra em 1974, 1987 e 1996.

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