A última oportunidade de Angela Merkel

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A Chanceler interina da Alemanha tem cinco dias para convencer os Sociais-Democratas a reeditar a coligação de "bloco central". As negociações entre os dois partidos iniciaram-se este domingo em Berlim.

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Angela Merkel tem cinco dias para tentar convencer os Sociais-Democratas (SPD) a reeditar a coligação de "bloco central" à frente dos destinos da Alemanha.

A Chanceler interina mostrou-se otimista ao início da ronda de discussões em Berlim que representa a última oportunidade de obter um governo maioritário e de pôr fim a três meses de impasse pós-eleitoral.

"Acreditamos que as tarefas que nos esperam e para as quais temos um mandato dos eleitores, são enormes, tanto em termos de desafios de política estrangeira, como ao nível da política europeia e dos desafios domésticos", declarou Merkel este domingo à chegada à sede do SPD na capital alemã.

Um otimismo que não convence a maioria dos alemães quando apenas 45% dos eleitores declaram-se favoráveis a uma nova coligação entre a CDU e o SPD (sondagem ARD-Deutschlandtrend). Os dois partidos defendem posições divergentes em temas como a imigração ou a política europeia.

"Os alemães podem pedir-nos que avancemos rapidamente. Cinco dias de discussões vão ser suficientes para sondar as nossas posições comuns e ver se são suficientes para abrir negociações com vista a uma coligação. Como sabem isto terá que ser decidido durante o congresso no nosso partido", declarou o líder do SPD, Martin Schulz.

Se o SPD mostra-se dividido entre um lugar na oposição e o regresso ao governo, já o aliado regional de Merkel, a CSU da Baviera, rejeita fazer concessões quando defende o endurecimento da política migratória para tentar travar o avanço da extrema-direita.

Em caso de acordo, os Sociais-Democratas terão ainda uma última palavra a dizer durante o Congresso da formação agendado para 21 de Janeiro. Um desacordo deverá levar o país a convocar novas eleições, uma situação que poderia favorecer a extrema-direita do partido AFD (Alternativa para a Alemanha) que se tornou a terceira formação do país nas eleições de Setembro.

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