A Áustria quer processar a Comissão Europeia por apoiar a expansão da central nuclear de Paks, na Húngria. Viena alega que a energia nuclear não contribui para o combate às alterações climáticas e, portanto, não é do interesse comum europeu.
A Áustria anunciou esta segunda-feira a intenção de processar a Comissão Europeia por permitir à Hungria a expansão da central de energia nuclear de Paks.
A argumentação passa por a energia nuclear não representar um modo de combate às alterações climáticas e, portanto, como não sendo do interesse comum da Europa.
A Áustria partilha uma fronteira com a Hungria e orgulha-se de defender energia limpa, não tendo nenhuma central nuclear própria.
Os reguladores da União Europeia aprovaram em março o plano húngaro de construção de dois novos reatores na central nuclear de Paks com a ajuda da russa Rosatom, afirmando que as autoridades húngaras tinham concordado com várias medidas para assegurar concorrência leal.
Os dois novos reatores duplicam a capacidade atual da central, de 2 mil megawatts. O início da construção está previsto para este ano; o prazo para entrar com o processo no Tribunal Europeu de Justiça acaba a 25 de fevereiro.
A Áustria processou já a Comissão em 2015, a propósito do plano britânico de desenvolvimento da central nuclear de Hinkley Point, que deverá ser feito por uma empresa francesa em parceria com uma outra, chinesa.