O jornal turco-cipriota acusou o presidente Erdogan de ordenar o ataque contra as instalações do jornal devido à linha crítica adotada por este relativamente à ofensiva militar turca na Síria.
O editor de um jornal de esquerda turco-cipriota acusou o presidente turco Erdogan de ordenar aos seus apoiantes o ataque contra as instalações do jornal devido à linha crítica adotada relativamente à ofensiva militar turca na Síria.
O editor do jornal, Sener Levent, reagiu dizendo que o jornal Afrika não será silenciado ao denunciar as políticas turcas no norte da ilha dividida.
Na segunda-feira, dezenas de manifestantes empunhando bandeiras turcas partiram janelas e lançaram pedras para os escritórios do jornal situados na capital dividida, Nicosia.
A assistente do diretor da publicação acusa a polícia de não fazer os possíveis para manter os manifestantes afastados.
O diretor do jornal diz que na origem dos confrontos estaria a sugestão de que a ofensiva turca na Síria contra um enclave controlado por uma milícia curda apoiada pelos norte-americanos era uma tentativa para ocupar território sírio.
De acordo com o 'site' da presidência turca, Erdogan já anteriormente se havia referido ao jornal turco-cipriota como "um jornal nojento e barato" que publicou um título descrito como "impertinente" convidando os turco-cipriotas a "darem uma resposta dequada".
O Sindicato dos Jornalistas Cipriotas condenou o ataque afirmando numa declaração que os jornalistas não são "servos do poder, independentemente de quão poderoso ou absoluto seja esse poder".