Os cipriotas gregos escolhem este domingo o novo presidente, entre o atual detentor do cargo, Nicos Anastasiades, e o candidato de esquerda, Stavros Malas
As últimas sondagens não apontam um favorito, ao contrário das anteriores, que prometiam ao conservador Nicos Anastasiades a reeleição. Na primeira volta, o candidato apoiado pela esquerda, Stavros Malas, conseguiu 30,25% dos votos, contra 35,5% de Anastasiades.
O escrutínio realiza-se no território da República de Chipre, membro da União Europeia e da zona Euro, o correspondente a dois terços da ilha, ou seja, a parte habitada pelos cipriotas gregos.
Há cerca de 551 mil eleitores registados. Na primeira volta, a abstenção atingiu 28,12%, a mais alta registada nos últimos 10 anos.
"Eu fui votar. Sou contra a abstenção, acho que temos que votar. Espero que seja um batalha justa e que o vencedor faça o melhor pelo nosso país", disse ao repórter da euronews uma eleitora de Nicosia.
"Ouvi várias pessoas dizer que não vêm razões para votar. Nenhum dos candidatos me agrada, mas o mais importante é votar, não ficarmos ausentes, tentar escolher alguém que represente pelo menos algumas das nossas convicções", explicou outra mulher.
Embora a divisão da ilha permaneça o problema central de Chipre, nesta campanha as questões económicas ganharam maior relevo. Após uma grave crise financeira em 2013, o país experimentou uma recuperação rápida, sustentada em grande parte pelos resultados positivos do setor turístico em 2017. As autoridades contam igualmente aproveitar a exploração de gás ao largo da costa. A recuperação não atingiu porém um patamar de consolidação, fragilizada por uma taxa de desemprego que caiu para 11%.
"Economia, energia, sistema bancário, os assuntos europeus e a questão da reunificação - eis os principais problemas políticos que terá de enfrentar o vencedor desta segunda volta", remata o correspondente da euronews Marios Ioannou, a partir de Nicosia.