Arranca julgamento do alegado assassino do submarino

Começou em Copenhaga o julgamento do inventor dinamarquês acusado de ter assassinado e esquartejado uma jornalista a bordo do seu submarino em alto mar em agosto. Através da advogada, Peter Madsen manteve a posição assumida nos interrogatórios. Ou seja, nega ter assassinado a jornalista ou ter tido uma relação sexual sem coito, mas admite a ter esquartejado.
"Ele admite ter abusado do cadáver e admite também ter infringido vais leis sobre navegação marítima. Mas ele nega tudo o resto... O meu cliente nunca disse que ela morreu intoxicada com gases, como alguma média sugeriram. Ele sublinhou não saber como ela morreu, mas que foi um acidente", diz a advogada de Defesa, Bettina Hald Engmark.
A repórter sueca Kim Wall tinha 33 anos. De acordo com a investigação policial, Madsen atou-a e de seguida golpeou, beliscou e cortou-a nos genitais antes de a matar, esquartejar e atirá-la ao mar.
A procuradoria pede prisão perpetua. Acredita que o acusado de 47 anos, premeditou tudo ao levar para o submarino que construiu, o Nautilus UC3, serras, facas, chaves de fendas, tiras e tubos metálicos antes de navegar com a jornalista, a quem tinha concedido uma entrevista a 10 de agosto.