Milhares de eslovacos manifestam-se por eleições antecipadas

A Eslováquia vive dias conturbados e a agitação política não tem fim à vista, com dezenas de milhares de eslovacos a protestarem esta sexta-feira em mais de 30 cidades e a exigirem eleições antecipadas.
A demissão do primeiro-ministro, Robert Fico, na sequência da pressão lançada pelo homicídio do jornalista de investigação Jan Kuciak e da namorada no passado mês de fevereiro, não foi suficiente para calar a revolta popular. Este acontecimento já tinha implicado a anterior demissão de dois outros ministros eslovacos.
O presidente da Eslováquia, Andrej Kiska, aceitou a demissão de Robert Fico depois de este impor a continuidade da coligação no poder, liderada pelo partido Smer-SD.
“Vou confiar a Peter Pellegrini a formação de um novo Governo, uma vez que já recebi a carta de demissão do atual Governo de Fico”, afirmou Kiska aos jornalistas no final de uma reunião com o vice-primeiro-ministro, em Bratislava.
O governo é agora chefiado por Peter Pellegrini, um elemento próximo de Robert Fico. Para muitos eslovacos, este é um sinal que o ex-primeiro-ministro vai continuar a controlar o país.
Estes são já as maiores manifestações políticas na Eslováquia desde a queda do Comunismo, em 1989.