Sergey Lavrov, ministro russo dos Negócios Estrangeiros, reagiu às expulsões de mais de 120 diplomatas na América do Norte e Europa.
As tensões entre a Federação Russa e os Estados Unidos, o Reino Unido e a União Europeia mais não fizeram do que começar.
Londres acusa o Governo de Vladimir Putin de estar por trás do envenenamento, com recurso a um agente neurotóxico, do antigo espião russo, Sergei Skrippal, e da filha, na localidade britânica de Salisbury.
A expulsão de mais de 120 diplomatas russos foi anunciada nos EUA, no Canadá, na Austrália e em grande parte dos Estados membros da União Europeia.
Portugal, Bélgica e Suíça (que não é membro da UE) encontram-se entre os países que constituem uma exceção.
A NATO/OTAN anunciou, entretanto, que sete membros da Representação Permanente da Federação Russa para a Aliança Atlântica serão também expulsos.
Moscovo já reagiu. A Rússia diz que não vai tolerar o que define como a "indelicadeza do Ocidente".
De acordo com a agência de notícias Estatal russa TASS, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, assegurou que a expulsões diplomáticas do lado russo serão proporcionais:
"Dizem que vão expulsar um ou dois diplomatas e, ao mesmo tempo, pedem-nos desculpa ao ouvido, num ou noutro país", disse Lavrov.
"Sabemos que este é o resultado de uma pressão colossal, de uma chantagem enorme, que se tornou, infelizmente, na principal arma de Washington na arena internacional," continuou o ministro russo dos Negócios Estrangeiros.
"Vamos responder de forma inequívoca, porque ninguém pode tolerar este tipo de comportomento e nós não vamos tolerá-lo também," concluiu.