Mais de 100 diplomatas russos expulsos em todo o mundo

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De  Miguel Roque Dias com AFP, Reuters, Lusa
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Pelo menos 16 países da União Europeia, onde não se inclui Portugal, os Estados Unidos da América, Canadá, Ucrânia, Albânia e Austrália aliaram-se aos britânicos, que acusam a Rússia do ataque a Sergei Skripal.

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Mais de 100 funcionários russos, colocados em embaixadas em países ocidentais, vão ser expulsos nos próximos dias em resposta ao envenenamento do antigo espião russo Sergei Skripal, e da filha Yulia, no Reino Unido.

De acordo com as últimas notícias, pelo menos 16 países da União Europeia, onde não se inclui Portugal, os Estados Unidos da América, Canadá, Ucrânia, Albânia e Austrália aliaram-se aos britânicos, que acusam a Rússia do ataque.

Esta é a maior expulsão de diplomatas russos de países ocidentais desde o auge da Guerra Fria.

A Casa Branca anunciou que a decisão foi tomada "em solidariedade com os aliados mais próximos" e defendeu que muitos dos diplomatas operam, na realidade, como funcionários dos serviços secretos russos.

O porta-voz da Casa Branca, Raj Shah, informou que "o envenenamento no Reino Unido que levou a este anúncio foi uma ação muito descarada. Foi uma ação imprudente. Colocou em perigo não apenas duas pessoas que foram envenenadas, mas muitos civis inocentes. Esse não é o tipo de conduta que os Estados Unidos ou aliados possam aceitar. "

A Rússia contesta as expulsões dos diplomatas e nega as acusações. O Kremlin frisa que a investigação sobre o incidente em Salisbury ainda decorre e que não há provas da intervenção de Moscovo.

"Essa é uma ação muito infeliz e muito hostil... Foi contestada em Washington pelo embaixador quando ele foi convidado para o Departamento de Estado. Tenho certeza que será contestada e já está a ser contestada", assegurou o embaixador russo junta da Organização das Nações Unidas, Vassily Nebenzia.

Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, a Rússia vai responder de forma "recíproca" às expulsões de diplomatas russos por países como os Estados Unidos da América e da União Europeia. No entanto, a decisão final será adotada pelo presidente Vladimir Putin.

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