Sindicatos convocaram dois dias de paralização em cada cinco dias, durante os próximos dois meses
Uma terça-feira de paralizações complicada para os utilizadores da rede ferroviária em França, num cenário que irá repetir-se regularmente e que constitui um teste sério às políticas económicas do governo de Emmanuel Macron.
Os quatro principais sindicatos do setor convocaram dois dias de greve em cada cinco dias durante os próximos três meses.
Uma passageira diz que se "sentia positiva esta manhã" , mas viu "pessoas que se sentiram mal, mulheres e crianças a chorar", acrescentando que "isto não é normal".
Um protesto contra a reforma da rede nacional SNCF, em situação de monopólio no país, com vista à abertura do setor à concorrência de acordo com a legislação comunitária. Os sindicatos acreditam que o Macron pretende abrir a via à privatização.
Na Gare de Lyon, o diretor Amar Chaabi considera que "a situação está calma e tudo está a correr como previsto", dizendo que estão "a lembrar aos passageiros para adiar as viagens se puderem e nos casos onde não receberam mensagens a confirmar que os seus comboios estão a operar".
A última vez que um presidente e os sindicatos ferroviários protagonizaram um braço-de-ferro desta amplitude em França foi em 1995, num protesto que paralizou o país e acabou por obrigar o então primeiro-ministro Alain Juppé a abandonar as reformas.