O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, em declarações em Genebra, na Suíça, afirmou mesmo que o "Iémen é atualmente a pior crise humanitária no mundo".
São precisos 2 mil e 400 milhões de euros para programas de ajuda de emergência a cerca de 13 milhões de pessoas no Iémen. O apelo foi feito pela ONU. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, em declarações em Genebra, na Suíça, afirmou mesmo que o "Iémen é atualmente a pior crise humanitária no mundo".
"A cada 10 minutos, uma criança com menos de 5 anos morre, perto de três milhões de crianças com menos de cinco anos e mulheres grávidas ou a amamentar sofrem de má nutrição. Cerca de metade das crianças, entre os seis meses e os 5 anos, sofrem de má nutrição crónica e têm o o crescimento comprometido e as capacidades de aprendizagem limitadas para o resto da vida", lembra Guterres.
O chefe da diplomacia do Iémen pede ajuda para chegar à paz. Abdel-Malek Al-Mekhlafi afirma que é "necessário encontrar uma solução, que passa pelo regresso à mesa das negociações, para pôr um fim à guerra, para regressar a um sistema sustentável de apoio ao povo do Iemen. Um sistema que inclua todos os partidos e apoiado pela comunidade internacional. Precisamos de um diálogo nacional para resolver os problemas de segurança que esteja em linha com as resoluções do Conselho de Segurança".
Recorde-se que desde 2015 uma coligação dirigida pela Arábia Saudita combate os rebeldes ‘huthi’, apoiados pelo Irão, e que controlam a capital. Desde o início da intervenção saudita, cerca de 10.000 iemenitas foram mortos e 53.000 feridos. A ONU estima que 8,4 milhões de pessoas estão em risco de fome no Iémen.