Eleições na Hungria: Viktor Orbán vence e membros da oposição demitem-se

Eleições na Hungria: Viktor Orbán vence e membros da oposição demitem-se
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Primeiro-ministro embarca num terceiro mandato histórico

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É o terceiro mandato para Viktor Orbán como primeiro-ministro e é a primeira vez desde a queda do comunismo (1989) que um partido vence de forma consecutiva três eleições gerais.

"Ganhámos" foi a primeira palavra do discurso do líder do partido vencedor.

Orbán subiu a palco e agradeceu a todos aqueles que votaram.

O primeiro-ministro disse, em palco, que esta reeleição será "uma oportunidade" para "defender" a Hungria. Viktor Orbán admitiu também que a "Hungria está na direção certa.".

Entretanto, o líder do Jobbik desde 2006, Gábor Vona, anunciou que se iria demitir, tal como prometeu antes das eleições, caso não obtivesse mais votos do que nas últimas eleições.

No discurso que fez logo após os primeiros resultados serem apresentados, Gábor Vona disse que iria "manter a palavra" e que se iria demitir já esta segunda-feira.

Agradeceu ao eleitorado a afluência às urnas e criticou a campanha. "As nossas mãos continuam limpas", disse, em crítica à campanha que foi feita por outros partidos.

O líder admitiu também que o Jobbik irá continuar o caminho que tinha traçado desde o início. O tema da imigração é uma das prioridades desse caminho. Vona espera que o governo "esteja pronto para ouvir" os objetivos do Jobbik.

Gergely Karácsony, líder da coligação de esquerda MSZP-PÁRBESZÉD, também discursou, por volta das 23h (hora de Lisboa). No discurso, agradeceu a todos os que votaram e reconheceu que o resultado do partido "não foi o esperado".

O líder do partido mostrou-se confiante em relação a uma possível "mudança na política" no país. Minutos depois do discruso, saiu a público que a direção do partido social-democrata anunciou demissão.

PRIMEIROS RESULTADOS:

FIDESZ-KDNP - 66,83 % - (133 cadeiras no parlamento de 199)

JOBBIK - 13,07 % - (26 cadeiras no parlamento de 199)

MSZP-PÁRBESZÉD - 10,05 % - (20 cadeiras no parlamento de 199)

DK - 4,52 % - (9 cadeiras no parlamento de 199)

LMP - 4,02 % - (8 cadeiraS no parlamento de 199)

EGYÜTT - 0,50 % - (1 cadeira no parlamento de 199)

Független - 0,50 % - (1 cadeira no parlamento de 199)

MNOÖ - 0,50 % - (1 cadeira no parlamento de 199)

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A taxa de participação foi de 68,13%, a maior de sempe desde 2002. Muitos líderes partidários falaram, durante os discursos do dia, de uma "ode à democracia".

A corrida às urnas foi tão intensa que várias filas evitaram que as urnas fechassem, efetivamente, às 18h (hora de Lisboa). Quando bateram as 18h, nem todas as mesas de voto encerraram por haver eleitores em filas, à espera de votar.

Tal como mostra este vídeo feito na capital, em Budapeste:

Zsolt Kerner

A comunidade húngara a viver no Reino Unido também assitiu a uma corrida às urnas, corrida que provocou filas e fez atrasar o fecho das urnas.

Este ano, só em Londres, foram registados 8248 votos em 9707 eleitores, cerca de 85%.

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reuters
Londresreuters

Eleições históricas: Ode à democracia

  • Às 17h30h, a taxa de participação já tinha batido um recorde: 68,13%.
  • Só na capital, Budapeste, a participação foi de 67% até às 16h.

Gergely Gulyás, do Fidesz, agradeceu a todos os eleitores por participarem nestas eleições e disse mostrou-se confiante com o futuro parlamento:

"A legitimidade do novo parlamento será muito forte", admitiu Gulyás.

Parlamento escolhido, estas eleições ficam marcadas por três momentos: A vitória de Orbán pela terceira vez consecutiva, a elevada taxa de participação e as demissões de membros da oposição.

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