Líder da oposição exige ser o eleito do Parlamento para chefiar o Governo e apela a mais manifestações
O partido no Governo na Arménia recuou na intenção de apresentar um novo nome para primeiro-ministro após a demissão há uns dias de Serge Sarkissian.
O líder da oposição, Nikol Pashinyan, assume-se a escolha do povo e exige ser eleito pelo parlamento para chefiar um novo executivo, reformar o sistema eleitoral e promover eleições antecipadas na Arménia.
Apesar do recuo do Partido Republicano e com o Parlamento a agendar para terça-feira a escolha de um novo primeiro-ministro, Pashinyan voltou a apelar aos protestos e a manifestações pacíficas nas ruas da capital a pedir uma mudança política no país.
As intenções de Pashinyan, deputado pelo Aliança Yelk ,ser o escolhido esbarram no entanto na maioria republicana no Parlamento.
Com 58 dos 105 assentos na assembleia legislativa, os republicanos têm a força suficiente para escolher o sucessor de Serge Sarkissian.
Pashinyan já terá contudo o apoio do segundo partido mais representado na Assembleia Nacional, com 31 lugares.
O líder do Arménia Próspera garante que o partido vai votar pelo candidato do povo.
A julgar pelo apoio que parece ter na rua, pelas manifestações destas últimas semanas, é possível que Pashinyan seja o escolhido.
A Aliança Yelk tem apenas 9 deputados e, por isso, além do Arménia Próspera, será preciso a Pashinyan conseguir ainda alguns votos entre os republicanos e na Federação Revolucionária Arménia, a força minoritária no Parlamento (sete deputados).
A Rússia manifestou interesse em mediar o atrito político na Arménia, onde tinha o ex-primeiro ministro como aliado, mas Pashinyan disse ter a garantia de que Moscovo não irá interferir na política arménia.