Secretário-geral da ONU passou o Dia internacional dos Capacetes Azuis no Mali dias após um presumível massacre por extremistas islâmicos em Moçambique
António Guterres passou o Dia Internacional dos Capacetes Azuis (29 de maio) no Mali e aproveitou para apelar a mais ajuda financeira ao chamado G-5 do Sahel, um grupo de cinco países (Burkina Faso, Chade, Mali, Mautitânia e Niger) cujo objetivo é fortalecer o desenvolvimento económico e a segurança da região.¨
O secretário-geral da ONU tinha em mente o combate ao jiadismo na África central.
"A comunidade internacional tem de perceber a necessidade de providenciar aos países do G-5 Sahel apoio previsível. Estamos a trabalhar para garantir uma efetiva solidariedade internacional pelo pela força do G-5 Sahel", afirmou Guterres após uma reunião co o primeiro-ministro Soumeylou Boubeye Maiga.
No discurso perante os elementos da Minusma, o secretário-geral da ONU defendeu que "não há paz sem desenvolvimento nem desenvolvimento sem paz."
"Para garantir a paz e a segurança, é preciso que o desenvolvimento aconteça, que as pessoas possam desfrutar dos dividendos da paz e que toda a população se comprometa no trabalho de manter a paz", afirmou.
Guterres foi recebido na base da Minusma, a missão integrada da ONU no Mali, onde homenageou os 21 capacetes azuis mortos em 2017 e que agravaram o balanço para cerca de 170 soldados da Minusma caídos desde 2013 no Mali.
Ao lado do secretário-geral da ONU, esteve Henrietta Fore, a diretora da UNICEF, e o presidente do Mali, Boubacar Keïta.
A visita de Guterres ao Mali surge dias depois de um presumível massacre cometido por jiadistas em Moçambique, no sueste do corno africano, em que 10 pessoas foram decapitadas.