Trump justifica detenção de crianças com "crise migratória na Europa"

O presidente Donald Trump justificou a separação de menores das famílias de migrantes na fronteira entre México e Estados Unidos com os alegados exemplos vindos da Europa, citando uma situação "fora de controlo."
Nos últimos dias, cerca de duas mil crianças foram separadas dos pais, migrantes latino-americanos, e colocadas em jaulas. As imagens correram o mundo e depressa geraram críticas da parte da Comunidade Internacional.
Na rede social Twitter, Trump falou numa subida do crime na Alemanha nos últimos anos, o que é estatisticamente falso, e referiu o que definiu como "transformações culturais ocorridas de forma violenta" em vários países europeus.
"O mesmo poderia acontecer nos Estados Unidos", escreveu o presidente.
"Os Estados Unidos não vão ser um campo de migranrtes nem uma estrutura para refugiados.
"Não o serão," disse depois Trump, em conferência de imprensa.
"Se virmos o que se passa na Europa, se virmos o que se passa noutros lugares, não podemos deixar que o mesmo aconteça nos Estados Unidos."
"Não enquanto eu mandar," continuou o presidente.
As Nações Unidas lançaram críticas ao presidente Trump e fizeram um apelo ao tratamento digno dos migrantes.
Stéphane Dujarric, porta-voz da ONU, disse que António Guterres, secretário-geral, acreditava, "como princípio," que migrantes e refugiados deveriam ser sempre tratados com respeito e dignidade, de acordo com o Direito Internacional.
Com a política de tolerância zero de Trump, quem tenta atravessar a fronteira de forma ilegal é tratado como criminosos. Os filhos menores são colocados em estruturas separadas.