Ciência para travar a subida das águas no Mediterrâneo

Ciência para travar a subida das águas no Mediterrâneo
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De  Teresa Bizarro
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Cientistas reúnem-se em Itália para encontrar modelos que possam prever - e prevenir - os impactos das alterações climáticas

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A previsão mais optimista é de que o Mediterrâneo vai subir quase um palmo nas próximas décadas mas pode chegar a um metro.

Na melhor hipótese, perdem-se linhas de praia. No pior cenário, perdem-se cidades.

É um aumento demonstrável e que já é visível por exemplo na estação de observação do Cabo Figari, na Sardenha.

O tema está por isso no centro de um ciclo de trabalhos organizado pela ENEA - a Agência italiana para as Novas Tecnologias, Energia e Desenvolvimento Económico Sustentável.

Em Roma, pretende-se promover o estudo multidisciplinar da subida das águas no Mediterrâneo.

Apoiados pelo chamado ENEA CRESCO 6, um supercomputador desenvolvido em parceria com o MIT, de Boston, os investigadores italianos trabalham agora dados muito detalhados e fazem previsões de curto prazo sobre o comportamento do Meditrerrâneo

"A costa, nalguns locais, está a afundar. Este movimento costeiro deve ser adicionado à subida do mar. Um exemplo típico é a linha mediterrânica entre Trieste e Ravena, onde desenhámos um mapa de risco que inclui a maior área - cerca de 5 mil e 500 quilómetros quadrados, que vão ser inundados em 2100," diz Fabrizio Antonioli, geomorfologista da ENEA.

As ciências aplicadas às alterações costeiras servem para desenhar modelos de impacto mais precisos e com isso encontrar soluções. Cientistas reunidos em Itália, com esperança de reverter ou, pelo menos, de prever com tempo os impactos do aquecimento global.

Em Portugal, de acordo com as previsões, várias cidades podem ser afectadas pela subida das águas em toda a costa.

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