Entram em vigor as novas taxas aduaneiras entre EUA e China

OMC alerta para a escalada de tensões
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De  Joao Duarte Ferreira
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Uma lista de mais de 800 categorias de produtos chineses, no valor de 29 mil milhões de euros anuais, que veem os preços artificialmente mais elevados ao entrarem no mercado norte-americano.

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Após meses de ameaças, entraram esta sexta-feira em vigor as novas taxas aduaneiras entre os Estados Unidos e a China, as duas maiores economias do mundo.

As indústrias aeroespacial, de informação e de tecnologia das comunicações, automóveis e maquinaria industrial fazem parte de uma lista de mais de 800 categorias de produtos chineses, no valor de 29 mil milhões de euros anuais, que veêm os preços artificialmente mais elevados ao entrarem no mercado norte-americano.

Em retaliação, a China ameaçou impor tarifas sobre produtos norte-americanos, a maioria deles agrícolas, de igual valor.

A administração de Donald Trump fez saber que esta guerra pode escalar e aumentar as taxas aduaneiras a produtos chineses com um valor anual de até 385 mil mihões de euros.

A partir desta sexta-feira, produtos originários da China, como por exemplo, componentes eletrónicos, usados em televisões, computadores ou telemóveis, custam mais 25% aos consumidores norte-americanos.

Já os chineses veêm, por exemplo, o preço da soja, proveniente dos Estados Unidos, subir cerca de 15%.

Esta foi a forma de retaliação de Pequim que visa os agricultores norte-americanos, que apoiaram Donald Trump nas eleições presidenciais de 2016.

Os fabricantes de automóveis com a produção nos Estados Unidos serão também afetados ao exportarem para a China.

Por exemplo, as construtoras alemãs Daimler e BMW com produção nos Estados Unidos verão os seus automóveis mais caros ao serem vendidos no mercado chinês.

Os analistas temem o impacto das medidas protecionistas ao nível do mercado planetário.

"Caso rebente uma guerra comercial global e caso esta inclua a União Europeia, os chineses estimam que o comércio global pode ter uma quebra na ordem dos 70%", afirma Erland Ek, do "think tank" China Policy com sede em Pequim.

A Organização Mundial do Comércio alerta que as crescentes tensões comerciais ameaçam o crescimento económico global.

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