O presidente dos Estados Unidos diz que lamenta que os media não contem o que se passou como realmente aconteceu.
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, disse, via rede social Twitter, que o encontro com o presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, foi "mesmo melhor" do que definiu como a "grande cimeira" da NATO/OTAN em Bruxelas.
Trump afirmou que conseguiu realizar "enormes quantidades de poupança", ao mesmo tempo que exigiu aos aliados uma maior contribuição para o orçamento da Aliança Atlântica.
"Tive um grande encontro na NATO, mas tive um encontro ainda melhor com o presidente Vladimir Putin, da Rússia. Infelizmente, as coisas não estão a ser contadas assim. As Fake News estão a ficar loucas," escreveu Trump na sua conta oficial.
Os comentários do presidente dos Estados Unidos tiveram lugar depois das críticas de que foi alvo, desde a oposição Democrata ao próprio Partido Republicano, que o acusam de não ter estado à altura das circunstâncias durante o encontro com Putin em Helsínquia, na Finlândia.
Durante uma conferência de imprensa conjunta com o Putin, Donald Trump pôs em causa as conclusões das investigações levadas a cabo pelos serviços secretos dos Estados Unidos, para quem o Kremlin interferiu, de forma deliberada, nas eleições presidenciais de 2016.
O objetivo, dizem as agências, serie prejudicar Hillary Clinton, a candidata Democrata, ao mesmo tempo que ajudariam à eleição do então cantidato Republicano.
Uma posição defendida por diferentes organismos de inteligência norte-americanos, incluindo a CIA e o FBI.
Ambas agências afirmam ter em seu poder provas de que a Rússia levou a cabo ações no sentido de afetar os resultados das eleições, o que terá permitido a Trump aceder à presidência dos Estados Unidos.
Mas o presidente Trump parece não ter tido em conta o posicionamento dos serviços secretos, já que disse não "ter nenhuma razão" pela qual Moscovo quisesse intervir no processo eleitoral.
Disse ainda que o presidente russo insistiu, de forma contundente e forte, que nada tinha sido feito nesse sentido.
Putin terá, de acordo com Donald Trump, sido capaz de convencê-lo da sua inocência durante o encontro em Helsínquia.
Entre os críticos do presidente encontram-se os antigos diretos da CIA, Michael Hayden, que dirigiu a instituição entre 2006 e 2009 e John Brennan, diretor entrre2013 e 2017, assim como Paul Ryan, líder da Câmara dos Representantes (câmara baixa.)
Paul Ryan recordou que foi levada a cabo uma investigação "que durou um ano" acerca da interferência da parte da Rússia nas eleições dos EUA e que o resultado "foi realmente claro," pelo que "não deveria haver qualquer dúvida" em relação a esse mesmo resultado.