Pelo menos 19 mortos no Laos mas número pode subir

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De  Antonio Oliveira E Silva com REUTERS
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Agência noticiosa Estatal laociana mostrou imagens de deslocados no sul do país, com o pouco que puderam salvar.

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Equipas de resgate chinesas e tailandesas continuavam com missões no interior do Laos na quarta-feira, onde mais de três mil pessoas se encontravam encurraladas depois do colapso de uma barragem de grandes dimensões em construção, que deixou pelo menos 19 mortos.

O acidente teve lugar segunda-feira, na província de Attapeu, sul do país. Uma empresa sul-coreana diz que a água das chuvas poderá ter contribuído para o colapso da estrutura. Países como Singapura e a Coreia do Sul ofereceram-se para ajudar nas missões de resgate.

A má qualidade das redes de comunicação em Attapeu impede uma maior eficácia nas tarefas de busca e resgate.

A agência Reuters diz que um representante do Governo do país asiático contou, numa entrevista telefónica a partir de Vienciana, sob anonimato, que o número de mortes deverá ser muito superior.

A agência noticiosa Estatal laociana, a KPL, conta que a rutura fez com que milhões de litros cúbicos de água inundassem aldeias inteiras. Os media Estatais mostraram imagens de grupos de pessoas a deixar as regiões inundadas em pequenas embarcações, com o que tinham podido salvar.

Esta quarta-feira, as Nações Unidas tinham como estimativas do acidente cinco mortos confirmados, 34 pessoas dadas como desaparecidas, quase 1500 resgatados e quase 12 mil pessoas afetadas em mais de 350 aldeias.

A ONU diz ainda que pelo menos 20 casas foram destruídas e mais de 220 casas e pelo menos 14 pontes foram afetadas pelas cheias.

Laos, um dos últimos países com um regime comunista em todo o mundo, é também um dos países mais pobres de Ásia.

Um centro regional de produção

O Estado quer tornar-se num centro de produção energético a nivel regional, pelo que favorece a construção de grandes barragens.

No entanto, o Governo depende quase totalmente do investimento estrangeiro para construir barragens e lança concessões comerciais que implicam a exportação de energia para os vizinhos, geralmente mais desenvolvidos, como é o caso da Tailândia.

Perigos ambientais

Mas as agências de defesa do ambiente dizem que as decisões governamentais têm um enorme custo sobre as populações rurais e sobre a fauna e a flora do Laos, especialmente em regiões como Attapeu, província rural, limítrofe com o Vietname e com o Cambodja.

A Organização Não Governamental tailandesa TERRA diz que existem atualmente cerca de 11 barragens em construção no Laos e que existem várias em fase de projeção.

A barragem que colapsou era parte do projeto de vários milhões de euros conhecido como Xe Pian Xe Namnoy, que inclui capitais laocianos, tailandeses e sul-coreanos. O principal parceiro do projeto é a sul-coreana SJ Engineering and Construction.

Outras fontes • KPL

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