Itália autoriza finalmente desembarque de migrantes do 'Diciotti'

Os 150 migrantes a bordo do barco militar italiano 'Diciotti', atracado há seis dias no porto de Catânia, puderam finalmente desembarcar nas primeiras horas deste domingo e foram levadas para um centro de acolhimento em Messina.
A imprensa italiana reportou que entre os resgatados no Mediterrâneo existiriam alguns casos de tuberculose, sarna e pneumonia.
A autorização do desembarque chegou apenas depois do ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, ter garantido que outros países europeus, como a Albânia e a Irlanda, bem como algumas dioceses da Igreja Católica acolheriam estes migrantes.
A conduta do ministro e líder da Liga, partido da extrema direita italiana, está a gerar polémica. O ministério Público de Agrigento, na Sicília, abriu um inquérito contra Salvini por alegado "sequestro de pessoas, detenções ilegais e abuso de poder".
A resposta de Salvini chegou rápida e através da rede social Twitter, com o ministro a garantir esperar de braços abertos a ação judicial por estar a defender o país.
No entanto, os reparos de Salvini à justiça foram já censurados por Luigi Di Maio, vice-primeiro- ministro e líder do Movimento Cinco Estrelas, que exigiu o fim das críticas entre procuradores e políticos.
A imigração está na ordem do dia em Itália, sobretudo com a chegada da coligação Cinco Estrelas-Liga ao governo italiano, em junho. Através de Salvini, o país adotou uma controversa política de intransigência à entrada de novos migrantes.
Desde 2014, mais de 650 mil pessoas chegaram à costa de Itália.