Jean-Yves Le Drian: "Trump é um Presidente coerente"

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O ministro francês dos Negócios Estrangeiros e o homólogo espanhol debateram vários temas numa entrevista com o político franco-alemão Daniel Cohn-Bendit

O político franco-alemão Daniel Cohn-Bendit esteve à conversa com o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Jean-Yves le Drian, e o homólogo espanhol, Josep Borrell, em mais uma edição de "Uncut."

O nome do Presidente dos EUA foi tema de debate. Jean-Yves le Drian disse que Donald Trump é "um Presidente coerente" na visão da "América que vive sozinha", ainda que não partilhe a coerência do mesmo. E acrescentou: "Desde o início, começou a destruir de forma metódica todas as ferramentas de regulação do multilateralismo que existem na nossa vida neste planeta. Começou com o clima, depois passou para o Tratado de Não-Proliferação Nuclear, ao Irão, retirou-se da UNESCO e agora ataca os direitos humanos. E está a começar o que podemos chamar de guerra comercial, em várias frentes: com a China, com o Canadá, com o México e também com a União Europeia. E agora começa a questionar o papel da NATO."

Durante a entrevista, Jean-Yves Le Drian falou também, entre outras coisas, da unidade europeia e da crise migratória.

Referiu que é preciso "convencer os europeus, para além dos governos, de que perante os desafios atuais, incluindo os desafios mais concretos do nosso dia-a-dia, por exemplo a questão da segurança, a única forma de enfrentá-los é através do reforço da Europa e da afirmação do poder europeu. Os vendedores de sonhos que querem convencer-nos que o fechamento em si próprio é a solução vão conduzir-nos ao caos e ao naufrágio."

A questão das migrações também foi discutida durante a entrevista com o ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, na cidade de Santander.

A este propósito Borrell sublinhou que "não se pode ser pessimista nem otimista, que é preciso ser-se pró-ativo. (...) E que é preciso alcançar consensos."

"Se não conseguimos chegar a um acordo a 27 será necessário encontrar uma cooperação reforçada entre, pelo menos, nove países. A Europa está dividida por causa da migração. A imigração, o problema migratório tem uma capacidade de danificar a União Europeia muito mais forte do que o euro", acrescentou.

Também sublinhou que nas próximas eleições haverá "duas conceções da Europa frente-a-frente. Uma conceção de uma Europa aberta ao mundo, capaz de gerir os fluxos migratórios, e uma conceção de uma Europa fechada em si mesma, que recusa a outra e que tenciona ser uma espécie de fortaleza."

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