Será que o estado das infraestruturas rodoviárias da Europa é satisfatório?

Será que o estado das infraestruturas rodoviárias da Europa é satisfatório?
De  Euronews
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Esta é a grande questão que surge após o colapso do viaduto de Génova, em Itália. A Euronews convida-o a fazer um balanço em vários países da União começando na Hungria, onde a situação é insatisfatória.

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Será que o estado das infraestruturas rodoviárias da Europa é satisfatório? Esta é a grande questão que surge após o colapso do viaduto de Génova, em Itália. A Euronews convida-o a fazer um balanço em vários países da União começando na Hungria, onde a situação é geralmente insatisfatória. A maior parte da rede de estradas foi construída nas décadas de 1970 e 1980. Desde essa altura, o tráfego aumentou, mas a manutenção não acompanhou o ritmo.

"Hoje, mais de metade das estradas do país precisam de ser completamente renovadas e apenas 10 a 15% destas estradas estão num estado que pode ser descrito como sendo bom ou aceitável", disse o porta-voz da Hungarian Road Inc, Sandor Pécsi.

Ligando Budapeste a Viena, a autoestrada M1, uma das três da Hungria vê passar 80 mil veículos por dia. É considerado perigosa devido aos numerosos buracos e troços danificados.

"Deviam reembolsar-nos o que pagámos na portagem devido ao estado da estrada. Provoca estragos nos automóveis, nos pneus, no chassi... A autoestrada M1 está num estado lastimável!", é esta a opinião de um dos utilizadores da autoestrada.

A empresa pública responsável pela manutenção, assim como a de toda a rede rodoviária húngara, garante que não dispõe de meios técnicos e financeiros suficientes para a renovação. Algo que surpreende o especialista, Daniel Zach, que entrevistámos: "O estado no qual se encontram alguns troços da autoestrada não está de acordo com as enormes receitas arrecadadas pelo Estado, nem com as grandes somas de dinheiro pagas pela União Europeia para renovar a infraestrutura, desde a adesão da Hungria em 2004."

O especialista ressalta que o forte aumento do tráfego registado no país há várias décadas resulta em mais impostos sobre os veículos e combustíveis e mais receitas vindas das portagens, mas não foram feitas obras de grande evergadura.

Apesar de tudo, as obras devem começar em 2020 ou 2021, na parte mais danificada da auto-estrada M1. De acordo com um estudo do Fórum Económico Mundial de 2016-2017 a Hungria ocupa o 22º lugar entre os 28 membros da União Europeia, em termos da qualidade das estradas.

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