#MeToo deu força a Kathryn Mayorga para queixa contra Ronaldo

#MeToo deu força a Kathryn Mayorga para queixa contra Ronaldo
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De  João Paulo Godinho com LUSA / Reuters
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Os advogados da mulher norte-americana intentaram uma ação cível que acusa o futebolista português de 11 crimes no caso de alegada violação em 2009.

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Cristiano Ronaldo foi intimado pelos advogados de Kathryn Mayorga, a mulher norte-americana que acusa o jogador português de violação, a anular o acordo extrajudicial de confidencialidade assinado em 2009.

O capitão da seleção portuguesa é alvo de uma ação cível por 11 crimes: violação sexual, tentativa de assédio sexual, coação para fraude, agressão a uma pessoa vulnerável, conspiração, difamação, abuso de processo, tentativa de silenciar o caso, tentativa de concretizar um acordo de não divulgação, negligência e violação de contrato.

Após a notificação, o futebolista da Juventus tem 20 dias para responder.

A queixa coloca Ronaldo como a última estrela a ser envolvida no movimento #MeToo, o fenómeno que nasceu no final de 2017 de denúncia de abusos sexuais cometidos por figuras poderosas e mediáticas na sociedade, com particular incidência nos Estados Unidos, e que envolveu o produtor cinematográfico Harvey Weinstein ou o ator Kevin Spacey.

"O movimento e as mulheres que falaram e denunciaram publicamente os abusos sexuais deram muita coragem a Kathryn e permitiram que ela avançasse", afirmou Leslie Stovall, um dos advogados de Kathryn Mayorga, em conferência de imprensa.

Depois de começar por considerar o caso como 'fake news', Ronaldo veio negar as acusações nas redes sociais. O futebolista escreveu no Twitter que a violação é um crime abominável e que vai contra tudo aquilo em que acredita, garantindo não ter qualquer intenção de continuar a alimentar esta polémica nos 'media'.

O internacional português dedicou mesmo uma segunda mensagem a este caso para acrescentar que está de "consciência tranquila" e que vai aguardar o desenrolar das investigações.

Do Hotel Palm Springs à revelação na Der Spiegel

O caso da suposta violação, revelada pela primeira vez em 2017 pela revista alemã Der Spiegel na sequência de documentos divulgados pelo site 'Football Leaks' e agora reforçada com o testemunho inédito da cidadã americana, teve lugar há nove anos no Hotel Palm Springs, em Las Vegas.

Kathryn Mayorga apresentou então uma queixa e foi submetida a exames médicos. Mais tarde, chegou alegadamente a um acordo extrajudicial com Cristiano Ronaldo para não falar com ninguém, recebendo em troca cerca de 325 mil euros.

É, precisamente, este acordo que os advogados da queixosa querem agora declarar nulo, alegando que a cidadã norte-americana não estaria em condições psicológicas, devido a um estado de depressão - segundo a consulta a médicos - e que teria sido coagida a assinar o documento.

O certo é que a polícia de Las Vegas confirmou já a reabertura da investigação deste caso.

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