Cristiano Ronaldo contra-ataca alegada violação de Kathryn Mayorga

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De  Francisco Marques com Reuters, AP
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Futebolista contrata um dos 100 melhores advogados dos Estados Unidos e estará disposto a testemunhar por videoconferência. Real Madrid processa jornal português

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Cristiano Ronaldo contra-ataca a acusação da alegada violação de Kathryn Mayorga, em 2009, e para reforçar a sua defesa o português contratou um dos 100 melhores advogados dos Estados Unidos.

O agora jogador da Juventus, de Turim, é agora reporesentado também por Peter Shane Christiansen, um conhecido advogado de Las Vegas, com uma alta taxa de sucesso em processos envolvendo eventuais danos na imagem pessoal dos clientes.

Num comunicado do advogado, entretanto, divulgado pela agência que representa desportivamente o jogador, a Gestifute, é revelada a linha de defesa que deverá ser seguida pelo jogador.

Christiansen nega qualquer confissão de culpa de Ronaldo, sublinha o facto de a relação sexual entre os dois ter sido consensual e alega também que os documentos revelados pelo Der Spiegel contendo supostas declarações de Ronaldo a confirmar a violação são "puras invenções."

Os documentos têm por base mensagens eletrónicos enviadas a partir dos escritórios do advogado português Osório de Castro, que à época do acordo de confidencialidade representava o jogador, e que terão -- alega Christensen -- sido "alterados ou fabricados", nomeadamente nas partes em que Ronaldo teria admitido que a vítima lhe disse "não" e "para" várias vezes.

O jornal alemão, que noticiou o que se terá passado a 12 de junho de 2009 numa suite do hotel Palms, em Las Vegas, e que publicou inclusive uma impressionante entrevista de Kathryn Mayorga, já veio a público garantir que os documentos incluindo alegadas declarações de Ronaldo confirmando as denúncias de violação foram "meticulosamente" verificados e que os documentos "foram legalmente revistos."

A alegada violação ocorreu sensivelmente três semanas antes de o português ser apresentado como reforço do Real Madrid, oriundo do Manchester United, numa transferência à altura que bateu o recorde do mundo, avaliada em 94 milhões de euros.

De acordo com o jornal português Correio da Manhã, citando fonte anónima próxima do processo, Cristiano Ronaldo esteve esta semana em Portugal, terá sido visto no Sky Bar do Hotel Tivoli, em Lisboa, com a namorada Georgina Rodríguez e protegido por quatro seguranças

O mesmo jornal acrescenta que o futebolista terá estado reunido com os respetivos advogados a preparar a defesa, cuja estratégia poderá passar também por implicar o Real Madrid.

"Um dos principais argumentos que o craque irá usar prende-se com o facto de ter sido pressionado pelo clube merengue a assinar o acordo e a pagar uma indemnização à norte-americana", lê-se no CM.

O Real Madrid reagiu já esta quinta-feira à notícia do CM e revelou ter empreendido as ações legais contra o jornal português pela "publicação de uma informação rotundamente falsa e que intenta danificar gravemente a imagem do clube."

Os "merengues" exigiram "uma retificação total" por parte do Correio da Manhã.

Kathryn Mayorga apresentou há duas semanas queixa contra Cristiano Ronaldo num tribunal de Clarck, em Las Vegas, no Nevada, um dos 28 estados norte-americanos onde é permitida a pena de morte e o crime de violação pode ser punido com pena perpétua sem direito a liberdade condicional, nos casos mais graves.

Impulsionada pelo crescimento do movimento #MeToo e atualmente com 34 anos, Mayorga pretende num primeiro momento anular o acordo de confidencialidade assinado em 2010 com Ronaldo, pelo qual recebeu mais de 370 mil euros e que foi intermediado por uma antiga advogada da alegada vítima.

Ronaldo já veio alegar inocência através das redes sociais e entretanto tem vindo a preparar a defesa, alargando a equipa de representantes legais tanto na europa como nos Estados Unidos.

O jogador já terá também manifestado abertura para ser ouvido pela polícia de Las Vegas, por videoconferência devido ao pouco espaço que a agenda imposta pelos compromissos da Juventus lhe permite.

Outras fontes • Der Spiegel, Correio da Manhã

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