"Brexit": Setor automóvel europeu preocupado com o risco de "no deal"

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Associação Europeia de Construtores Automóveis emitiu um comunicado, com tom alarmante, que alerta para as consequências adversas da falta de um entendimento entre o Reino Unido e a União Europeia.

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Só de pensar no impacto de um não acordo sobre o "Brexit", a indústria automóvel fica à beira de um ataque de nervos.

Em dia de cimeira sobre a matéria, em Bruxelas, a Associação Europeia de Construtores Automóveis (ACEA, em inglês) alertou que a confirmar-se esse cenário o modelo de negócio estará ameaçado. Com consequências para fabricantes e fornecedores. Financeiras desde logo porque ao abrigo das regras da Organização Mundial de Comércio (OMC) uma tarifa de 10% será aplicada a todos os automóveis comercializados entre a União Europeia e os britânicos.

Se as tarifas de importação não forem absorvidas pelos fabricantes e passarem para o consumidor haverá um agravamento mais significativo do custo dos veículos ligeiros produzidos no Reino Unido e comprados na UE do que do custo dos carros feitos na UE e adquiridos no Reino Unido, diz a Sociedade de Produtores e Comerciantes de Motores (SMMT).

Já a Associação Europeia de Construtores Automóveis lembra que até "curtos atrasos nas alfândegas trarão problemas logísticos massivos" com impacto nos processos de produção que os planos de contingência não poderão colmatar.

Perante o cenário periclitante, vários fabricantes ameaçaram deixar o Reino Unido. Dores de cabeça adicionais para uma indústria já pressionada pelos testes de emissões poluentes.

Se nos primeiros nove meses do ano as vendas aumentaram, em setembro registou-se uma quebra de 23% no registo de veículos de passageiros na Europa, depois da entrada em vigor do regime transitório nas medições de emissões.

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