Moscovo vê o incidente como uma perda russa, e agradece o apoio manifestado. O Presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, reclama que seja o seu país a ter jurisdição sobre a investigação.
Unidas pelo luto, Rússia e Ucrânia prestaram homenagem às vítimas do tiroteio de quarta-feira na faculdade da Crimeia.
As autoridades identificaram o atacante solitário como Vladislav Roslyakov, de 18 anos de idade - um estudante da Escola Politécnica Querche, onde ocorreu o ataque.
Testemunhas dizem que tudo começou com uma explosão que foi seguida de mais rebentamentos e depois de tiros.
Pelo menos 19 pessoas morreram e dezenas foram feridas antes de Roslyakov virar a arma contra si e se suicidar.
A Rússia anexou a Crimeia da Ucrânia em 2014, provocando condenação e sanções internacionais. Por isso, o Presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, reclama que seja o seu país a ter jurisdição sobre a investigação.
"Por que é tão importante para nós? Porque são cidadãos ucranianos e quando os cidadãos ucranianos são mortos, onde quer que isso aconteça, é uma tragédia," declarou Petro Poroshenko.
Mas Moscovo vê o incidente como uma perda russa, e agradece o apoio manifestado.
"Nestes momentos trágicos, somos gratos pelas palavras sinceras, pelas condolências e pelo apoio que recebemos," declarou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova.
Contudo, para aqueles que em Kersh, à porta do hospital, aguardam por notícias dos seus familiares e amigos, essa é, provavelmente, uma discussão que pode esperar.