Riade confirma assassinato de Jamal Kashoggi em Istambul

Últimas imagens de Jamal Kashoggi com vida (02 de outubro 2018)
Últimas imagens de Jamal Kashoggi com vida (02 de outubro 2018) Direitos de autor CCTV/ TRT World/ Reuters
De  Francisco Marques com Reuters
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Comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros revela haver 18 detidos e presidente dos EUA enaltace investigação do aliado árabe

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A Arábia Saudita reconheceu pela primeira vez, esta sexta-feira à noite, o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi no interior do respetivo consulado em Istambul, na Turquia.

Num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros divulgado pela televisão saudita mais de duas semanas após o último registo com vida do jornalista, as autoridades sauditas revelam que o homicídio terá acontecido após uma discussão ter degenerado num confronto físico, fatal para Jamal Kashoggi.

Dezoito pessoas foram detidas. Todas sauditas. A investigação prossegue.

O Presidente dos Estados Unidos já reagiu ao comunicado saudita.

Donald Trump enalteceu "o passo dado" pela Arábia Saudita, sublinhando a detenção dos "muitos" suspeitos implicados na morte do jornalista dissidente.

"A Arábia Saudita tem sido um grande aliado. O que se passou é inaceitável, mas eu preferiria que não usássemos, em resposta, o cancelamento de um trabalho avaliado em 110 mil milhões de dólares e que implica 600 mil postos de trabalho", sublinhou Trump.

Jamal Kashoggi foi visto pela última vez a dois de outubro, entrando no consulado em Istambul, onde deveria ir levantar alguns documentos que lhe permitiriam regressar à Arábia Saudita.

Uma investigação foi de pronto lançada pelas autoridades turcas e com acusações ao regime saudita, rejeitadas por Riade. Perante a pressão internacional, o governo saudita acedeu a colaborar na investigação, permitiu o acesso turco ao consulado e à residência do Cônsul, o que terá levado agora ao reconhecimento do crime e à detenção de suspeitos, todos sauditas.

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