Prazo para acordo com governo húngaro, que lhe permitiria manter-se no país, está a terminar
É já este sábado que termina o prazo para a Universidade da Europa Central (UEC), em Budapeste, chegar a acordo com o governo húngaro para continuar a funcionar no país. O braço de ferro continua mas tudo indica que a corda irá partir pelo lado mais fraco.
O executivo de Viktor Orbán tem-se mostrado irredutível na defesa da lei que impede a universidade de atribuir um diploma norte-americano na Hungria por não possuir um campus universitário nos Estados Unidos, e que muitos interpretam como perseguição política ao fundador da instituição de ensino, George Soros.
Éva Fodor é docente na UEC e lamenta a decisão de não assinar um acordo que já tinha sido negociado, acrescentando que "pela primeira vez na União Europeia uma universidade a operar legalmente e que é uma excelente instituição académica será forçada a abandonar o país."
A Universidade da Europa Central já revelou a intenção de se mudar para Viena, na Áustria, mas o primeiro-ministro húngaro acredita que o anúncio não passa de bluff.
Já o ministro dos Negócios Estrangeiros, Péter Szijjártó, nega a perseguição ao opositor do regime, George Soros, e garante que a situação é sobretudo um problema jurídico que surgiu após a aprovação de uma lei para colocar todas as universidades do país em pé de igualdade.
A posição do governo tem provocado protestos entre a população, que mostra a sua insatisfação pela potencial saída do país de uma universidade classificada entre as 200 melhores instituições de ensino da Europa.