Com esta decisão, França fica alinhada com a maioria dos países da União Europeia.
O parlamento francês votou a favor da proibição dos pais baterem nos filhos, embora não exista uma punição para quem infringir esta lei. O código civil será atualizado e vai afirmar que os pais não podem recorrer à "violência física, verbal ou psicológica, nem ao castigo corporal ou à humilhação”.
A proposta foi aprovada com 51 votos a favor, um contra e três abstençõe.
No parlamento, o deputado do partido República em Marcha, Francois–Michel Lambert, afirmou que “uma criança deve sentir que está num lugar de confiança, de construção compartilhada, com vista a um novo mundo e um novo modelo”.
Com esta decisão, França fica alinhada com a maioria dos países da União Europeia.
A proposta da ministra francesa da igualdade de género, que contou com o apoio da primeira-dama, Brigitte Macron, foi criticada por alguns deputados conservadores que consideram que se trata de uma interferência na vida privada.
O pedopsiquiatra Pierre Canoui defende a necessidade de substituir as acões físicas por linguagem e emoções positivas.
"Deve haver limites, devemos bloquear e proibir algumas coisas, devemos ensinar, e devemos acabar com a ideia de que a ’criança é rei'. Mas é importante ser capaz de parar de usar ações físicas e usar meios mais evoluídos como linguagem e emoções positivas. "
O governo de Paris vai elaborar um relatório sobre a violência parental em França e a propor medidas para educar os pais.