O atentado ao jornal satírico Charlie Hebdo celebra o quarto aniversársio. Para assinalar a data, o semanário tem uma edição comemorativa.
Passaram quatro anos sobre o atentado ao Charlie Hebdo. A 7 de janeiro de 2015, o semanário francês perdia oito membros da equipa, num ataque que fez um total de 12 vítimas mortais.
O massacre que pretendia pôr fim às caricaturas do jornal satírico acabou tornar-se num atentado à liberdade de expressão à escala mundial.
Cherif e Saïd Kouachi, dois irmãos afectos a uma rede de recrutamento de jihadistas para a Síria e o Iraque, foram os autores do ataque e viriam a morrer num tiroteio com a polícia, dois dias depois.
Os terroristas mataram cinco cartunistas do Charlie Hebdo, mas não conseguiram impedir que a sátira voltasse às bancas.
Com o mundo ainda de luto, uma publicação mais pequena era impressa, uma semana depois.
Em França, três milhões e 700 mill pessoas saíram à rua para serem Charlie. Um gesto que mais do que uma manifestação de solidariedade para com o jornal soou a manifesto pela democracia.
Para celebrar o aniversário do atentado, uma nova publicação. Já pouco se fala do ataque à redação, mas permanecem as denúncias às ofensas. Quatro anos depois, a caneta continua em riste contra o fundamentalismo islâmico.
Sobre um fundo negro e a capa do primeiro número após o atentado, um bispo e um imã sopram a chama de uma vela e o obscurantismo volta a fazer a primeira página.