Especialistas acreditam que o problema de privacidade de dados nunca será resolvido
Há quem lhe chame "um adolescente com problemas de adulto". O facebook faz 15 anos, 15 anos com muitas 'pedras no sapato' para contar a história.
Nos últimos tempos, a rede social viu-se envolvida em tribunais e em várias audiências, onde todos os olhos estavam postos nas políticas criadas por Zuckerberg.
Desde a privacidade de dados às acusações de interferência nas eleições norte-americanas.
Na audiência de 10 de abril de 2018, na capital dos EUA, Mark Zuckerberg foi ouvido pelo mundo, a admitir os erros cometidos pela plataforma na questão da privacidade de dados.
"É claro, agora, que não fizemos o suficiente para impedir que essas ferramentas sejam usadas para o mal também. E falo de notícias falsas, interferência estrangeira em eleições e discursos de ódio, assim como programadores e privacidade de dados.", admitiu
"Não tínhamos uma visão suficientemente ampla da nossa responsabilidade e isso foi um grande erro.", disse, perante milhões de pessoas.
Erros admitidos, a rede social continua a crescer, desde o dia em que foi criada, em 2004.
E agora?
Alguns especialistas acreditam que o problema de privacidade de dados não irá ser resolvido nem irá pôr em causa o futuro da plataforma, porque se trata de um negócio com uma rede já estruturada.
"Acho que será difícil que as pessoas abandonem a plataforma, em parte porque, lembre-se de que o modelo de negócios é: permanecer viciado na plataforma, fornecer o máximo de dados possiveis, deixar vender esses dados para os anunciantes, os quais pagam dinheiro", admite Jesse Goldhammer, um professor universitário da Universidade da Califórnia.
O Facebook tem 2 mil e 200 milhões de usuários, números que aumentam se adicionarmos os aplicativos WhatsApp, Instagram e Messenger, aplicações que estão em mais mil milhões de telemóveis.