Ódio religioso cresce em França

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De  Ricardo Figueira
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Várias inscrições antissemitas foram encontradas. Na semana passada, cinco igrejas foram vandalizadas.

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Cinco igrejas foram vandalizadas e profanadas em França, na última semana. Em Nîmes, na igreja de Notre-Dame des Enfants, o tabernáculo foi arrombado e as hóstias espalhadas. Foram ainda lançados dejetos contra as paredes.

Também em Maisons-Laffitte, na zona de Paris, em Dijon e em Lavaur, perto de Toulouse, houve igrejas profanadas. São os mais recentes episódios de ódio religioso. O primeiro-ministro Édouard Philippe condena os atos, enquanto Laurent Wauquiez, do partido da oposição "Les Républicains", fala de uma onda de cristianofobia.

Mas não têm sido só os cristãos a ser vítimas destes atos: "Vemos, infelizmente, cada vez mais atos contra os judeus, contra os muçulmanos, contra os cristãos, é triste", diz uma paroquiana em Nîmes, durante a cerimónia de reparação depois dos atos de vandalismo.

Estes atos contra a Igreja Católica coincidem com uma série de inscrições antissemitas. Na montra de uma pastelaria, em Paris, alguém pintou a palavra "judeus" em alemão, a fazer lembrar o que se passou na Alemanha nazi nos anos 30.

Também em Paris, uma obra de arte de rua representando Simone Veil, a antiga presidente do Parlamento Europeu sobrevivente dos campos de extermínio nazis, foi coberta com uma cruz suástica.

A comunidade judia francesa teme que o aparecimento destas inscrições represente o início de uma nova onda de antissemitismo. Há um ano, o assassínio de Mireille Knoll, uma mulher judia de 85 anos, sobrevivente do Holocausto, foi classificado como crime de ódio e causou uma onda de emoção, dentro e fora da comunidade.

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