Várias inscrições antissemitas foram encontradas. Na semana passada, cinco igrejas foram vandalizadas.
Cinco igrejas foram vandalizadas e profanadas em França, na última semana. Em Nîmes, na igreja de Notre-Dame des Enfants, o tabernáculo foi arrombado e as hóstias espalhadas. Foram ainda lançados dejetos contra as paredes.
Também em Maisons-Laffitte, na zona de Paris, em Dijon e em Lavaur, perto de Toulouse, houve igrejas profanadas. São os mais recentes episódios de ódio religioso. O primeiro-ministro Édouard Philippe condena os atos, enquanto Laurent Wauquiez, do partido da oposição "Les Républicains", fala de uma onda de cristianofobia.
Mas não têm sido só os cristãos a ser vítimas destes atos: "Vemos, infelizmente, cada vez mais atos contra os judeus, contra os muçulmanos, contra os cristãos, é triste", diz uma paroquiana em Nîmes, durante a cerimónia de reparação depois dos atos de vandalismo.
Estes atos contra a Igreja Católica coincidem com uma série de inscrições antissemitas. Na montra de uma pastelaria, em Paris, alguém pintou a palavra "judeus" em alemão, a fazer lembrar o que se passou na Alemanha nazi nos anos 30.
Também em Paris, uma obra de arte de rua representando Simone Veil, a antiga presidente do Parlamento Europeu sobrevivente dos campos de extermínio nazis, foi coberta com uma cruz suástica.
A comunidade judia francesa teme que o aparecimento destas inscrições represente o início de uma nova onda de antissemitismo. Há um ano, o assassínio de Mireille Knoll, uma mulher judia de 85 anos, sobrevivente do Holocausto, foi classificado como crime de ódio e causou uma onda de emoção, dentro e fora da comunidade.