O iminente fim do autoproclamado Estado Islâmico, anunciado por Trump, está a levar a Europa a rever as políticas para receber os ex-combatentes europeus.
Depois de Donald Trump ter anunciado para breve o fim do Daesh, a Europa começa-se agora a questionar sobre o destino dos milhares de europeus que deixaram o ocidente para combater ao lado do autoproclamado Estado Islâmico.
Através do Twitter, o presidente dos Estados Unidos apelou aos aliados europeus para se unirem e procederem, em cada país, ao julgamento dos mais de 800 ex-combatentes capturados do autoproclamado Estado Islâmico. Mas a Europa mantém-se dividida.
Para Heiko Maas, ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, "se as pessoas tiverem cidadania alemã, têm garantido o direito legal de regressarem. Mas na Síria - estamos a falar de pessoas que estão na Síria - não temos como confirmar isso. Por essa razão, queremos falar com os franceses e os britânicos para sabermos como lidar com o assunto.
Já a ministra francesa da Justiça, Nicole Belloubet, afirma que "há uma nova situação geopolítica que acaba de ser criada com a retirada dos americanos. Para já, não alteramos a nossa política, estamos preparados para o caso de alguma coisa acontecer. França não responde às injunções e mantém a sua política, isto é, a análise caso a caso".
É da Hungria que vêm as afirmações mais perentórias. Questionado sobre o apelo do presidente dos Estados Unidos, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Peter Szijjarto respondeu "acho que o nosso principal esforço agora deve ser para não permitir que eles voltem para a Europa. Mas creio que este é um dos grandes desafios que os europeus têm pela frente, manter a rota dos Balcãs Ocidentais fechada, tanto quanto possível, e colocar obstáculos no caminho para evitar que voltem para a Europa ".
De acordo um relatório do Centro Internacional para o Estudo da Radicalização são cerca de 900 militares estrangeiros detidos pela s Forças Democráticas da Síria, para além das respetivas centenas de mulheres e milhar de crianças .