As grandes marcas apostam cada vez mais em carros elétricos, para contornar as novas medidas da União Europeia sobre a emissão de gases poluentes
O Salão automóvel de Genebra de 2019 é o "mais elétrico" de que há data. À medida que as marcas se afastam dos combustíveis fósseis e se direcionam para o futuro eletrificado, mais hipóteses existem para se começar a pensar seriamente em trocar o velhinho carro a gasolina por um a energia elétrica.
Os carros elétricos vêm agarrados, quase sempre, à ideia de que não atingem velocidades muito elevadas, mas esta feira prova o contrário. A Automobili Pininfarina apresentou um modelo elé´trico com quase 2000 cavalos de potência.
"Este carro tem quase 2.000 cavalos de potência, a coisa mais próxima que eu conduzi é provavelmente um carro de Formula 1, com quase 900, e este carro terá mais do que o dobro.", contou Nick Heidfeld, o piloto alemão de F1, associado à marca.
Do carro mais rápido para o mais lento, o "Ami one concept" foi desenhado para ser protogonista das estradas mais citadinas. Atinge os 45km/hora e tem 100km de autonomia.
Linda Jackson, diretora executiva da Citroën, diz que este carro não passa, por enquanto, de um teste.
A tendência elétrica é também uma hipótese de grandes marcas relançarem novos modelos, como é o caso da Lagonda. A marca britânica de carros de luxo, criada em 1906, tem agora uma nova cara, mas "mais elétrica", o Lagonda Vision Concept.
"A Califórnia e a China são os países com mais veículos elétricos nas estradas, cerca de 8%.", admitiu Andy Palmer, Diretor executivo da Aston Martin. "Os carros elétricos, hoje, representam cerca de 2% do volume total da indústria, muito pouco na verdade", concluiu o empresário.
Elétricos e Híbridos, o futuro próximo
No salão Automóvel de Genebra foram também apresentados novos modelos de carros híbridos. Ou seja, automóveis que têm um motor a combustível a bordo mas também um motor elétrico, como é o caso do BMW 530e The 7.
Peter Nota, membro do Conselho de Administração da BMW, admite que este modelo é o ideal para os europeus.
"O híbridos plug-in são adequados para a Europa. As pessoas querem conduzir distâncias mais curtas com emissões locais zero, podem fazê-lo em modo elétrico completo, por exemplo, nas cidades, e ter também a facilidade de fazer distâncias mais longas com motores a gasolina", admite Peter Nota.
Um surto elétrico foi impulsionado pelas novos regras de emissões de CO2 estabelecidas pela União Europeia, as quais entram em vigor já no próximo ano.