Macron responde à violência dos "coletes amarelos"

Macron responde à violência dos "coletes amarelos"
De  Julien Pavy com Ricardo Borges de Carvalho
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Governo francês proíbe manifestações em alguns bairros do país se estiverm presentes elementos extremistas

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É a resposta do governo francês à onda de violência em que acabou o protesto dos coletes amarelos, em Paris, no último fim de semana.

Principais medidas: A proibição de manifestações em vários bairros do país, incluindo os Campos Elísios, se estiverem presentes "elementos extremistas" ou o aumento de 38 para 135 euros da multa para quem participar em manifestações não autorizadas.

Foi também substituído o chefe da polícia de Paris.

O primeiro-ministro Édouard Phillipe diz que "a resposta tem que ser forte", depois de dezenas de lojas terem sido saqueadas ou incendiadas no último sábado. Dez mil manifestantes foram identificados na capital. Destes, mil e 500 foram considerados "desordeiros" ultraviolentos.

A estratégia policial e a gestão da crise por parte do executivo estão a ser alvo de criticas. Esta segunda-feira, o secretário de Estado do Interior, Lawrence Nuñez, reconheceu alguma "descoordenação"

"Temos de examinar o que não funcionou. Foi o posicionamento das forças policiais? Estavam no sitio certo apesar de estarem bem presentes nos Campos Elísios? Será que houve alguma dificuldade na cadeia de comando? Foram dadas instruções para intervir assim que houve as primeiras pilhagens?"

Desde um de dezembro, quando alguns "coletes amarelos" invadiram e vandalizaram o Arco do Triunfo, que não se registava atos de violência tão graves.

O presidente francês, Emmanuel Macron, contava com o grande debate nacional para sair desta crise.

Quatro meses após o início do movimento, a mobilização perdeu fôlego, mas o núcleo duro continua determinado.

Contudo, perante a franja radical, o presidente francês decidiu tomar medidas fortes.

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