Coletes amarelos navegam nas "fake news"

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Notícias falsas associadas ao movimento dos coletes amarelos foram vistas 105 milhões de vezes nas redes sociais, entre novembro de 2018 e março de 2019.

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Estão nas ruas todos os sábados, mas é sobretudo nas redes sociais que se podem encontrar os coletes amarelos. Ultilizam-nas como forma de comunicação e fonte de informação, por excelência. Canais pejados das famosas fake news.

A ONG Havaaz estudou o número de visulaizações e de partilhas das 100 notícias falsas mais virais em grupos e contas Facebook ligadas aos coletes amarelos, entre os dias 1 de novembro de 2018 e 6 de março de 2019.

Essas notícias foram vistas mais de 105 milhões de vezes e partilhadas mais de quatro milhões. As mais cotadas são as que envolvem as forças da ordem. Fotos de mulheres ensanguentadas apresentadas como coletes amarelos espancadas pela polícia foram vistas mais 3,5 milhões de vezes e são, na verdade, imagens captadas em Espanha, que nada têm a ver com o movimento.

Outro alvo frequente é o casal Macron. Um vídeo publicado em pleno movimento dos coletes amarelos, que mostra os esposos Macron a dançarem numa receção, tinha sido filmado um mês mais cedo na Arménia. Já ultrapassou 5,7 milhões de visualizações.

Para lutar contra este flagelo alguns media investigam estas falsas notícias que pululam nas redes sociais. Diversos criaram sistemas próprios de verificação, como o fact-cheking da agência francesa de notícias, AFP.

Mas o media convencionais são uma espécie de demónios para os coletes amarelos. O fenómeno é tanto mais intrigante que a estação de televisão Russia Today é o credo do movimento graças aos vídeos que difunde das manifestações. A RT publicou mesmo vídeos onde os coletes amarelos entoam um cântico de agradecimento a esta estação, financiada pela Rússia, que tem mais do dobro das visualizações em França do que os principais media como Huffington Post, Le Figaro, L'Obs e Le Monde, todos juntos.

A dúvida é inevitável: Coincidência ou ingerência? O Kremlin tem desmentido a segunda hipótese.

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