Manifestantes aumentam pressão sobre o governo argelino

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De  Joao Duarte Ferreira
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Novo grupo de líderes apela aos militares para não interferirem no processo

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Na Argélia, milhares de estudantes, professores e profissionais de saúde manifestaram-se nas ruas da capital exigindo o afastamento do presidente Abdelaziz Bouteflika.

Um novo grupo de líderes dos manifestantes intitulado Coordenação Nacional para a Mudança dirigiu-se aos militares exigindo que não interfiram no processo.

O vice primeiro-ministro argelino referiu-se à situação que se vive no país durante um encontro com o ministro russo dos negócios estrangeiros.

"Trata-se de um período especial na nossa história. A peculiaridade é que a iniciativa partiu da juventude argelina que quer implementar mudanças significativas na estrutura política do país", disse Ramtane Lamamra, vice primeiro-ministro argelino.

O chefe da diplomacia russa apelou a uma resolução ordeira dos desafios que o país enfrenta.

"O principal é assegurar que os argelinos resolvam os seus problemas internos eles próprios, com base na constituição do país e no respeito a todas as normas internacionais", adiantou Sergei Lavrov durante a conferência de imprensa.

Os protestos no país duram há praticamente um mês. Na semana passada, o presidente Bouteflika, que lidera o país há duas décadas, anunciou que não se iria recandidatar ao cargo.

No entanto, rejeitou demitir-se até à adoção de uma nova constituição o que de facto implica um prolongamento do atual mandato.

Os manifestantes pretendem a renovação da elite política que é dominada pelos militares e empresários com ligações aos veteranos da guerra da independência contra a França.

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