Theresa May sob pressão para deixar governo do Reino Unido

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De  João Paulo Godinho
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A primeira-ministra está na mira do seu próprio gabinete, que, segundo a imprensa britânica, já não confia na sua capacidade de liderar o governo.

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A encruzilhada do Brexit parece ter colocado Theresa May num caminho sem saída. A imprensa britânica adiantou este domingo que o próprio conselho de ministros da primeira-ministra estaria a planear um golpe para a afastar da chefia do governo no Reino Unido.

Elementos do Partido Conservador terão dado a entender que podiam finalmente apoiar o acordo de May para a saída do Reino Unido da União Europeia, caso isso significasse também o adeus a Downing Street.

Segundo um artigo do Sunday Times, o ministro adjunto David Lidington é um dos nomes fortes para uma sucessão interina. No entanto, o adjunto de May rejeita qualquer ambição de assumir o cargo.

"Penso que não tenho qualquer desejo de substituir a primeira-ministra, ela está a fazer um trabalho fantástico. Uma coisa que trabalhar de perto com o primeiro ministro nos dá é curar-nos por completo de qualquer ponta de ambição de querer fazer essa tarefa. Tenho total admiração pela maneira como ela está a agir", disse Lidington.

Os rumores surgem escassas horas depois da maior manifestação em defesa de um segundo referendo ao Brexit.

Mais de um milhão de pessoas marchou pelas ruas de Londres, exigindo que a decisão de sair volte a ser dada ao povo. Um número que ganha uma dimensão ainda mais surpreendente quando já cinco milhões de pessoas assinaram uma petição online a pedir a revogação do Brexit.

Uma solução que tem sido descartada por May, mas que o ministro das Finanças, Philip Hammond, não exclui. E Hammond garantiu também que mudar o rosto do governo não resolve o problema.

"Falar sobre mudar os jogadores no tabuleiro é francamente autoindulgente neste momento. Temos de decidir como queremos proceder. É um Brexit sem acordo? - que eu acho que seria uma catástrofe; não fazer o Brexit? - que penso que minaria a confiança no nosso sistema político; ou é o acordo da primeira-ministra? - e, se não o acordo da primeira-ministra, alguma variação sobre a qual o parlamento possa concordar."

Este domingo realizam-se várias reuniões de May com alguns dos dirigentes rebeldes dos Conservadores e para segunda-feira está marcado um conselho de ministros decisivo.

Paralelamente, o futuro de May e do Brexit está também dependente de John Bercow. O presidente da Câmara dos Comuns já avisou que não vai permitir nova votação ao acordo se a moção for a mesma já rejeitada por duas vezes pelos deputados.

Outras fontes • Reuters / The Sunday Times / BBC

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