Eleições presidenciais na Argélia a 4 de julho

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Direitos de autor REUTERS/Ramzi Boudina
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Presidente interino firmou um decreto que estabelece a data do escrutínio

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Será de esperar mais repressão na Argélia contra os protestos nas ruas? Gaid Salah, chefe do Exército do país, alertou os manifestantes sobre a continuidade do movimento de contestação enquanto o presidente interino, Abdelkader Bensalah, definiu o dia 4 de julho como a data das eleições presidenciais.

O general Salah também se comprometeu a supervisionar a transparência do processo de transição e descartou o princípio de um "vazio constitucional." Denunciou ainda a influência de "atores estrangeiros", que, de acordo com ele, tentarão, alegadamente, impor uma solução para o período de transição, destabilizando o país e semeando a discórdia entre a população.

Não clarificou quem são essas forças externas mas referiu "certas partes estrangeiras com antecedentes históricos no país", numa possível alusão a França.

Nas ruas há indicações de que o tom é para manter. Desde o anúncio da nomeação de Bensalah, foram notórios protestos em Argel mas também em Bouira e Tizi Ouzou. A escalada dos protestos depende da mobilização para esta sexta-feira, jornada de contestação há várias semanas.

"Exigimos a partida de todos. Não queremos o presidente interino Abdelkader Bensalah, o general Gaid Salah e o primeiro-ministro Noureddine Bedoui. Não queremos este Governo. Queremos um comité independente eleito pelo povo argelino para gerir este período de transição e preparar eleições presidenciais livres e democráticas que o povo livre da Argélia quer", sublinha Mahfoud, um manifestante.

As eleições na Argélia são geralmente ensombradas por suspeitas de fraude. O sistema eleitoral é considerado opaco e favorável aos partidos e candidatos de formações consideradas como parte do "sistema" que os manifestantes querem afastar.

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