A Alemanha até revelou alguns sinais positivos, mas a França e algumas das economias mais pequenas da moeda europeia motivam previsão da IHS Markit para uma queda ligeira
O crescimento económico na zona euro mantém-se numa velocidade cruzeiro de ligeiro abrandamento pelo segundo mês consecutivo, indicam os dados preliminares revelados esta quinta-feira pela IHS Markit.
A consultora económica com sede em Londres estima que a economia se mantenha na pior evolução desde 2014, sublinhando o caso da maior economia europeia.
Embora o setor dos serviços germânicos até tenha recuperado um pouco, a produção na Alemanha terá mantido a tendência de abrandamento
Em França, entretanto, o crescimento terá estagnado.
A desaceleração deveu-se este mês sobretudo à pior prestação desde o final de 2013 de algumas das economias mais pequenas da zona euro.
No geral, sob o espetro de incerteza europeia provocado pelo "brexit", pela chamada "guerra das tarifas" e pelo protecionismo de alguns países, assim como pela crise do setor automóvel com o agravar das regras ecológicas, as encomendas para exportação deverão cair pelo sétimo mês consecutivo.
O índice gestor de compras (PMI) para a Eurozona deverá contrair três décimas em abril, fixando-se nos 51,3 pontos estima a IHS Markit, sendo a barreira dos 50 o limite entre a expansão e a contração da produção.
Em Portugal, o Banco de Portugal revelou um aumento homólogo da atividade económica de 2,3 por cento em março, a variação mais elevada desde abril de 2018.
Os dados do BdP sugerem uma aceleração da atividade económica em Portugal no primeiro trimestre deste ano, reforçando a ideia de que Portugal se possa manter um crescimento este ano acima da média da zona euro e assumir-se como uma exceção positiva no bloco da moeda única no arranque de 2019.