O país asiático de maioria muçulmana pediu "tolerância e compreensão" para com o desejo de manter os "valores tradicionais".
O Brunei volta a defender a decisão de aplicar pena de morte por apedrejamento a quem se envolva em sexo homossexual.
Numa carta de quatro páginas aos deputados do Parlamento Europeu, revelada esta segunda-feira pelo jornal britânico The Guardian, o país justifica a medida com o desejo de preservar os "valores tradicionais" e a família, apelando à "compreensão e tolerância" europeias.
A mensagem para Estrasburgo garante ainda que as condenações serão raras porque a nova lei prevê a necessidade de "dois homens de elevado estatuto moral" e "piedosos" como testemunhas.
A antiga colónia britânica considerou sempre a homossexualidade ilegal desde que se tornou independente em 1984.
O novo código penal, que entrou em vigor no passado dia 3, foi já censurado por diversos países europeus e pelas Nações Unidas.
O documento prevê ainda a aplicação de chicotadas a quem recorra ao aborto ou até a quem use roupas habitualmente conotadas com o sexo oposto.