Polémica com uso de fundos da UE na Hungria

Ákos Hadházy acusa governo da Hungria de desvio de fundos da UE
Ákos Hadházy acusa governo da Hungria de desvio de fundos da UE Direitos de autor Euronews
De  Isabel Marques da SilvaSandor Zsiros
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Polémica com uso de fundos da UE na Hungria

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Há muito que a alegada fraude com fundos da União Europeia na Hungria domina a atualidade no país e nos corredores das instituições comunitárias.

Ákos Hadházy, ativista anticorrupção húngaro, disse à euronews que governo de Viktor Orbán esta envolvido nesses esquemas e acusa-o de controlar a ação do procurador-geral do país, evitando o julgamento de suspeitos por corrupção.

"A quantidade de dinheiro desviada situa-se entre os 30% e 100% dos fundos. Em qualquer projeto financiado pela União Europeia, verifica-se que pelo menos 30% da verba é usada de forma fraudulenta. Isso significa que foram roubados dezenas de milhares de milhões de euros. Esse dinheiro é usado para sustentar um sistema político corrupto. É como se a União financiasse esse sistema político, algo realmente perigoso", disse Ákos Hadházy.

Este dissidente do Fidesz, partido no poder, já recolheu meio milhão de assinaturas a exigir que a Hungria aceite a soberania da futura Procuradoria-Geral da União Europeia, que vai julgar casos de corrupção com fundos comunitários.

Uma questão de soberania

Questionado pela euronews, o porta-voz da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, disse que "não nos cabe forçar, pressionar, sugerir ou recomendar nada nesse sentido. Mas é claro que todos os países que se juntarem serão prova de que esta iniciativa foi bem pensada e é lógica na arquitetura institucional da União Europeia".

O governo húngaro tem sempre negado qualquer irregularidade com fundos da União Europeia.

O primeiro-ministro, Viktor Orbán, disse que Hungria não vai aderir à Procuradoria-Geral da União Europeia porque tal limitaria a soberania do país. Orbán recusou comentar as acusações do ativista entrevistado pela euronews.

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